O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, comandou uma reunião on-line, nessa sexta-feira (21), com presidentes estaduais para tratar sobre a necessidade de o partido liderar um movimento nacional contra o extremismo que monopoliza a política brasileira. A fusão com outra sigla entrou na pauta, já que a direção nacional já vem tratando com PSD, MDB e Podemos.
Os tucanos descartam a incorporação, como quer o MDB, e sim a criação de um novo partido. Ontem, a revista IstoÉ publicou entrevista com Perillo e ele foi claro ao afirmar que o PSDB “não está à venda”.
Na publicação, o dirigente nacional pede paciência a quem deseja se desfiliar e citou o caso da governadora Raquel Lyra, que admite a possibilidade de entrar num partido mais próximo do presidente Lula (PT). Mas Perillo ponderou que não tem a intenção de atrapalhar os planos políticos de ninguém.
“Também tenho conversado muito com cada governador. A governadora Raquel tem sido muito correta comigo. Ela já gostaria de ter saído ou procurado um outro caminho, especialmente mais próximo ao governo do Lula, há mais tempo”, declarou Marconi. “E eu tenho pedido a ela paciência, um pouco de tempo para que a gente possa tentar encontrar um caminho coletivo. Eu tenho muito respeito por ela, que faz um grande governo em Pernambuco. Agora, nós também não vamos atrapalhar o caminho dela, o projeto dela, que é um projeto importante, certamente, para Pernambuco”, ressaltou Perillo na IstoÉ.
Na mesma publicação, ele avisou que “essa questão de fusão e de incorporação vai continuar sendo tratada”. “Mas eu, particularmente, vou continuar defendendo a continuidade do PSDB com seu programa a favor do Brasil, com candidato à presidência pelo PSDB, um candidato aos governos estaduais, ao Senado e às câmaras e às assembleias”, disse.
Apesar do interesse de alguns partidos em incorporar a sigla tucana, Marconi declarou: “Quando eu digo ‘não está à venda’, é uma força de expressão. Ou seja, nós não estamos lá no balcão para qualquer tipo de negociação”.
REUNIÃO
Em nota enviada à imprensa de Pernambuco, o diretório estadual divulgou trecho do que Marconi Perillo falou aos presidentes. “Não é só mudar, só juntar, a gente precisa de um programa muito consistente, que precisa convencer as pessoas que esse momento novo será um momento parecido com o que aconteceu em 1988, na criação do PSDB, com líderes excepcionais”, colocou.
Também através de nota, o presidente do PSDB pernambucano, Fred Loyo, considera positiva uma futura fusão, porém sem apontar com qual sigla seria melhor.
“A reunião de hoje foi muito boa e debatemos diversas questões importantes para o PSDB. Foi consenso entre a grande maioria dos presidentes de diretórios estaduais que uma eventual fusão será muito bem vinda. O partido tem sido bastante procurado para discutir alianças, já que se trata de uma legenda com bastante legado e história. Nesse sentido, o fortalecimento e continuidade do partido são prioridades absolutas”, assinalou Fred Loyo.
