Foto: Rafael Vieira/DP
No dia seguinte ao comunicado de que não disputará a reeleição em Paulista, o prefeito Yves Ribeiro (PT) admitiu ao Blog Dantas Barreto, nesta sexta-feira (19), que as dificuldades financeiras do município foram as principais causas para a sua decisão. Ele contou que já vinha pensando em não concorrer desde 2023, quando houve uma queda de repasses do FPM e ICMS em torno de R$ 23 milhões. E as perdas continuam ocorrendo neste ano. Mas avisou que “da política não vou sair nunca”.
“Estou no sétimo mandato de prefeito e Paulista é uma cidade grande com orçamento apertado. A população cresceu em 42 mil habitantes e a receita caiu. A queda do orçamento tem me feito sofrer e afetou a minha saúde. Em um ano, fui internado quatro vezes. E ficaria complicado passar mais quatro anos. Conversei com a família e chegamos à decisão de não ir para a reeleição. Mas da política não vou sair nunca. Tenho 47 anos na política. Fui vereador com 24 anos em Igarassu, prefeito de Itapissuma, Igarassu e Paulista. Vou estar sempre ajudando, fazendo palestras”, contou Yves.
O prefeito compareceu ao Palácio do Campo das Princesas para participar da reunião convocada pela governadora Raquel Lyra (PSDB) para agradecer a participação de todos os envolvidos no acordo sobre os prédios-caixão. Yves revelou que Raquel lhe garantiu todo apoio para a conclusão do seu mandato em Paulista. “Vamos conversar novamente. Isso é muito bom”, acrescentou.
ELEIÇÃO
Yves Ribeiro disse que, na próxima segunda-feira, se reunirá com lideranças da federação PT/PCdoB/PV e do MDB para definir os rumos na eleição municipal. A intenção, segundo ele, é lançar candidato próprio da federação, mas ainda não tem nomes para indicar.
Questionado se poderia haver uma aliança com o PSB, o prefeito descartou de imediato. “Eu não apoio Júnior Matuto de jeito nenhum. Zero possibilidade de apoiar esse cidadão. Vou continuar denunciando o que ele fez em Paulista”, disparou.
Sobre o apoio ao pré-candidato do PDT, Francisco Padilha, Yves Ribeiro afirmou que a possibilidade é remota, mas admitiu que “não teria dificuldades, até porque ele começou a trabalhar comigo”.
