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O deputado Waldemar Borges (PSB) deixou claro, nesta segunda-feira (19), que só dará o parecer a respeito do pedido de empréstimo de R$ 1,5 bilhão, depois que o Governo do Estado responder as informações que solicitou. Ele quer saber como estão sendo aplicados os R$ 9 bilhões que já foram contraídos também através de empréstimos aprovados pela Assembleia Legislativa, desde 2023. Waldemar é o relator do projeto na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ).
A proposta original direciona os recursos para o Arco Metropolitano Sul e outras obras de infraestrutura. No entanto, a Comissão de Finanças aprovou projeto substitutivo do deputado Antônio Coelho (UB), determinando que R$ 750 milhões deverão ser divididos entre os 184 municípios de Pernambuco. Caberá a Borges avaliar se é constitucional. Se não for, volta a valer o que o Governo enviou.
Independentemente de qual seja o projeto, Waldemar mantém a decisão de esperar as informações. “Fiz um pedido de informação e minha posição, seja como relator ou deputado votando no plenário, é que só me sinto confortável para votar nesse novo empréstimo, quando souber o que foi feito com os outros. A Assembleia autorizou o Governo a contrair R$ 9 bilhões, e informações superficiais dão conta de que o Governo não gastou 10%”, disse Waldemar Borges, durante entrevista à TV Nova.
Ele questiona a urgência para esse novo crédito. “Como se não votar esse R$ 1,5 bilhão não fosse haver mais Arco Metropolitano, BR-232. Tem R$ 9 bilhões e gastou-se R$ 900 milhões. Quero dizer que estou esperando confirmação, mas só me sinto à vontade para me posicionar sobre esse novo empréstimo, quando tiver informação”, insistiu o socialista.
Borges ainda salientou que, se a proposta não for votada na CCLJ, “que não se diga que é por intransigência, meu pedido está lá e foi enviado há muito tempo”. “Não é segurar o projeto por picuinha. No meu caso, se chegar a resposta sobre os R$ 9 bilhões, no outro dia me pronuncio. A Assembleia nunca negou um empréstimo à governadora (Raquel Lyra) e não acredito que vai negar”, acrescentou.
O deputado afirmou que o rito depende do Governo. “Se não quiserem responder, talvez tenhamos que recorrer à judicialização. Espero sinceramente que não cheguemos a esse ponto”, assinalou.
OUTRO PEDIDO
Waldemar Borges fez outro pedido de informação, após ter conhecimento de que parte dos empréstimos foram utilizados numa reforma do gabinete da governadora Raquel Lyra. “Surgiu a notícia, já dei uma lida na documentação, e parece que é verdadeira, de que, no primeiro empréstimo de 2023, de R$ 1,7 bilhão que o Governo contraiu, uma parte foi usada para reformar o gabinete da governadora. Estou apresentando esse pedido de informação porque, se isso aconteceu, a gravidade passa para outra escala”, disse o deputado do PSB.
