Foto: Ricardo Sturcket/PR
O presidente Lula esticou um dia a mais nas férias e só hoje volta ao trabalho, depois de curtir o litoral do Rio de Janeiro. Disse que renovou as energias. É bom mesmo, até porque tem que apaziguar a situação criada com o Congresso Nacional, ao vetar 34 itens da Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO), sendo que alguns empoderavam os parlamentares. Eles queriam ditar até o prazo para liberação das emendas, mas o Governo, evidentemente, discordou. E uma nova crise foi gerada entre os poderes Executivo e Legislativo. Outra questão que Lula terá de cuidar é quanto ao substituto de Flávio Dino no Ministério da Justiça e Segurança. Neste mês, ainda, Dino deve deixar a Esplanada para assumir o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O nome que hoje aparece como já definido para a pasta é o de Ricardo Lewandowski, que se aposentou do STF e está atuando como consultor muito bem pago na iniciativa privada. Os dois já conversaram sobre o assunto e, talvez por isso, essa não tenha sido uma das preocupações de Lula nas férias. Mas também tem o ato em defesa da democracia, que o petista convocou para a segunda-feira, em Brasília. Enquanto o presidente relaxava na praia, seus auxiliares e as polícias estavam e continuam tensos, cuidando do esquema de segurança. Seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro devem fazer alguma manifestação, no mesmo dia, na Capital Federal.
Quem tem prazo, tem pressa
Marco Maciel costumava dizer: “Quem tem prazo, não tem pressa”. Mas não foi assim que pensaram os congressistas, quando aprovaram o prazo de 30 de junho para o Governo Federal liberar todas as emendas parlamentares. Entre julho e outubro, os prefeitos candidatos à reeleição não podem anunciar obras ou ações e nem participar de atos oficiais. Daí a pressa. Mas o presidente Lula vetou essa sangria desatada.
Consequências
Segunda-feira, os fatos deprimentes de 8 de janeiro de 2023, completam um ano. Para o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), “os atos golpistas foram graves”. E defendeu que quem participou deve sofrer as consequências.
Voto político
O voto político nas prestações de contas de prefeitos ou ex-prefeitos devem render muitos recursos judiciais, principalmente, se os TCEs aprovaram e os vereadores, não, deixando os gestores inelegíveis. A decisão caberá à Justiça Eleitoral.
Resposta de Raquel
A governadora Raquel Lyra (PSDB) anunciou, ontem, a liberação de R$ 100 milhões do programa Investe Escola para que as unidades de ensino ofereçam melhores acomodações aos alunos e professores. Terá uma segunda parcela de R$ 130 milhões. O anúncio veio no dia seguinte à fala do deputado Waldemar Borges (PSDB) de que Raquel não deu atenção ao programa.