Foto: Victor Correia/CB/D.A/Press
Do Correio Braziliense
O ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, declarou nesta segunda-feira (2/9) que os três Poderes vão “enterrar de vez o modelo das emendas pix” e que apresentarão um modelo “rastreável” de repasse de recursos fundo-a-fundo.
Para o ministro, já existe acordo sobre as emendas pix nas negociações entre Executivo, Legislativo e Judiciário para aumentar a transparência das emendas parlamentares. Já as emendas de bancada e de comissão ainda estão sendo debatidas. Governo e Congresso Nacional têm 10 dias para apresentar os novos modelos para as emendas.
“Acreditamos que o tema das emendas pix está bem resolvido. Quero repetir, emendas Pix do jeito que existiam, não existirão mais no Brasil”, declarou Padilha a jornalistas após reunião de articulação política com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), outros ministros e líderes do governo no Congresso, realizada no Palácio do Planalto.
“Nós vamos enterra de vez o modelo de emendas pix, e ter um modelo de repasse fundo-a-fundo, mas um modelo rastreável, que você tenha a priori qual é o objeto apresentado pelo parlamentar. Se é para a Saúde, Educação, e um plano de trabalho apresentado pelos municípios”, acrescentou ainda o ministro.
O tema foi debatido no encontro com Lula, de acordo com Padilha. Ele destacou o pagamento pelo Executivo de R$ 233 milhões em emendas parlamentares na semana passada, de acordo com as regras estabelecidas pelo STF ao suspender o pagamento de emendas pix por falta de transparência. Padilha disse ainda que o governo pretende acelerar o ritmo de pagamentos nesta semana.
O ministro afirmou também que as discussões estão avançado para reduzir o número de emendas de bancada, e evitar que haja uma individualização desse tipo de repasse. A ideia, porém, sofre resistência de lideranças do Senado. Disse ainda que o tema das emendas de comissão “ainda está em diálogo”.
Questionado sobre uma previsão para apresentar as mudanças nos modelos de emendas, Padilha respondeu que seguirá o prazo determinado pelo STF para as discussões. O prazo original terminaria na última sexta-feira (30/8), mas foi prorrogado pela Suprema Corte por mais 10 dias.