O prefeito do Recife, João Campos (PSB), venceu as eleições de 2020 com um discurso muito agressivo contra o PT e ainda disse que, se ganhasse, não teria um petista na sua gestão. O tempo passou, a relação entre ele e o PT voltou ao que era antes do pleito municipal, petistas fazem parte da equipe da Prefeitura e a vaga de vice agora está sendo cobrada pelo partido do presidente Lula. Ontem, a senadora Teresa Leitão foi questionada se esse é o momento de João Campos se redimir de vez do que falou na época, tendo alguém do seu partido como companheiro de chapa. “A eleição de 2022 mudou muita coisa. Não é uma questão de se redimir sobre o que aconteceu em 2020, mas ter um vice do PT é reconhecer a retribuição que podemos dar. A vitória de Lula, na circunstância que se deu, com Geraldo Alckmin (PSB) na vice e a luta contra Bolsonaro, deixa claro que não podemos olhar para o passado”, observou Teresa. Convicta de que esse acordo será fechado, a sua maior preocupação, contudo, é quanto à concorrência entre o deputado federal Carlos Veras, o secretário do Ministério das Relações Institucionais, Mozart Sales e – correndo por fora – da vereadora Liane Cirne. “A disputa interna é ruim, mas temos como contornar”, disse. Esse cabo de guerra tende a esticar ainda mais porque o grupo do senador Humberto Costa defende Carlos Veras e outra ala prefere Mozart Sales. Só que a decisão será tomada numa conversa direta entre Lula e João Campos.
A fala de Lula
Um fato que chamou a atenção de petistas foi quando o presidente Lula disse à CBN que, se João Campos for candidato a governador em 2026, o PT indica um vice. Se não for, o vice é outro. Ou seja, Lula quer que o prefeito do Recife diga, desde já, que renunciará à PCR em 2026. E também deixou claro que o PT pode optar por não disputar o Governo do Estado daqui a dois anos.
E aí, PSDB?
O prefeito Lupércio (PSD) e a sua candidata em Olinda, Mirella Almeida, dizem que já têm 12 partidos no arco de aliança, mas a expectativa é quanto ao PSDB, que ainda não decidiu. Lupércio disse ontem que a governadora Raquel Lyra já deu sinal positivo.
Presença confirmada
O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), confirmou participação no ato que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) marcou para o dia 25, na Avenida Paulista. Por outro lado, o MDB não quer a presença do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.
Renan x Renan
Até o momento, Davi Alcolumbre (UB-AP) é cotadíssimo para voltar ao comando do Senado com apoio do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Mas tem outra disputa, só que no MDB e entre pai e filho. Renan Calheiros é candidato, no entanto tem um grupo do partido que prefere Renan Filho.
