Foto: Marcos Pastich/Prefeitura do Recife
O Recife passa a ter mais quatro Patrimônios Vivos, que foram escolhidos através da avaliação feita pela Secretaria de Cultura e a Fundação de Cultura do Recife, pelo que representam na cultura popular. São eles: o porta-estandarte José Fernando Alves Zacarias, a Associação Cultural e Quadrilha Junina Origem Nordestina, a parteira Edileusa Maria da Silva e a Tribo de Caboclinhos Tupi.
“Parabenizo a Secretaria de Cultura, a Fundação de Cultura e o Prefeito João Campos por esse momento histórico vivido por nossa cidade. Essa é a garantia de que nossa cultura permanecerá viva, ressaltou a prefeita em exercício do Recife, Isabella de Roldão (PDT).
Edileusa agradeceu a homenagem, afirmando que “esse reconhecimento é de todas as parteiras que estão aí”. “Há 14 anos, recebi a comanda de Pérola Negra de Recife. Hoje, receber mais essa homenagem é muito importante. Para mim e para essa sabedoria tão antiga, que não pode morrer”, acrescentou.
Já para o Secretário de Cultura do Recife, Ricardo Mello, é necessário garantir o direito de viver da cultura. “Todos esses que celebramos hoje representam nossas raízes mais profundas. São eles que nos asseguram história, memória, sombra e fruto”, afirma.
Criado no ano passado, o Registro de Patrimônio Vivo Municipal já homenageou a passista Zenaide Bezerra, as agremiações Gigante do Samba e Pierrot de São José, e o Mestre Teté, do Maracatu Almirante do Forte. “É nessas horas que a gente vê como o Recife é rico e como pulsa a nossa cultura. É uma força que vem das ruas, de muitas gerações. Enchemos esse teatro hoje de legitimidade e emoção. O registro de Patrimônio Vivo é uma política pública fundamental, de proteção ao que somos, mas também de projeção para o futuro do que queremos ser”, complementa Marcelo Canuto, presidente da Fundação de Cultura do Recife.
Na edição deste ano, serão garantidas bolsas de incentivo mensais entre R$ 1.921,06 e R$ 2.561,41 para os contemplados. Os valores têm caráter vitalício.