Presidente do PT avisa ao PSB: aliança não é com pessoa de confiança. É com partido

Foto: Divulgação

 As especulações em torno de Victor Marques (PCdoB) ser o vice do prefeito João Campos (PSB), nas eleições deste ano, continuam, mas o presidente estadual do PT, deputado Doriel Barros, alerta que “aliança política não se dá com pessoas da confiança”. Lembra que os acordos são feitos com os partidos políticos, que apresentam nomes conforme os compromissos partidários e com o projeto de governo.

Doriel se refere ao fato de Victor, que era chefe de Gabinete de João Campos e filiou-se ao PCdoB, no mês de março, num acordo entre o PSB e os dirigentes comunistas. A questão é que o PCdoB integra a mesma federação do PT e PV e não teria havido acerto com estas duas legendas.

“Não tem veto a Victor, mas o PT abriu mão de uma candidatura própria porque construímos uma tese para compor a vice. E foi assim que a gente construiu. Até um dia desses, os partidos que fazem parte da base acreditavam que o PT ficaria com a vice”, salientou Doriel, durante entrevista à Rádio Folha, nesta segunda-feira (17).

Ele observa que, se houver mudança de curso nessa articulação, João Campos terá de comunicar ao presidente Lula. “Nós ofertamos o que há de melhor. Se o prefeito avaliar que não são da sua confiança e não é o que deseja, ele terá de dizer ao PT nacional”, colocou o dirigente. Ele se referiu às duas opções que o partido apresentou, o deputado federal Carlos Veras e o assessor especial do Ministério das Relações Institucionais, Mozart Sales. “São bons nomes e vão fazer bem numa composição com o PSB”, acrescentou.

BRIGA INTERNA

Essa questão da vice também inflamou o debate interno no PT, colocando o presidente do partido no Recife, Cirilo Mota, contra o deputado estadual João Paulo. Os dois trocaram farpas publicamente, depois que o parlamentar declarou que o PSB não trata o PT com respeito e a sigla estaria se humilhando. Cirilo afirmou que João Paulo está a serviço das forças conservadoras e da governadora Raquel Lyra (PSDB) para desgastar o PT.

Na avaliação de Doriel Barros, o debate interno pode ser feito, mas não da forma como foi posto. “Todos estão certos e todos estão errados. No debate, cada um pode colocar seu ponto de vista, mas não pode ir para a imprensa. Talvez no PT as pessoas tenham mais oportunidade de falar, porque o partido não tem dono. Não pode é colocar um debate para diminuir o outro. É importante o respeito mútuo”, cravou o presidente estadual do partido.

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