Nos últimos dias, os prefeitos e prefeitas, principalmente quem disputará novos mandatos, estavam na maior correria em inaugurações, anúncios, vistorias e nas ações das gestões municipais. Hoje não será diferente e até a meia-noite será possível ver gestores nas ruas, afinal termina o prazo estabelecido pela Legislação Eleitoral para que estejam presentes em atos oficiais. Mas o trabalho não pode parar, a partir de amanhã, só porque os chefes dos Executivos estão impedidos de descerrar placa de inauguração, por exemplo. Os ainda pré-candidatos continuarão administrando seus municípios com o cuidado de não serem acusados de uso da máquina pública, contudo na realidade é isso que vai acontecer, até o dia das eleições. Essa é a vantagem de quem está sentado na cadeira e com a caneta na mão. Só se fizer uma administração desastrosa, um prefeito ou prefeita corre maior risco de não renovar o mandato. Ou, como se diz, houver “fadiga de material” e a população queira fazer uma mudança geral. Dia 20 deste mês, tem início o período das convenções, que vai até 5 de agosto, para homologar as candidaturas e começar a campanha eleitoral propriamente dita. Independente de favoritismos ou disputa acirrada nos municípios, estará em jogo o resultado de quatro anos de trabalho e não apenas do corre corre recente. Quem comanda prefeitura vai ter que dividir o tempo, já que não pode ir às ruas pedir votos no horário de expediente. Mas é só mostrar que os serviços continuam sendo oferecidos e a população está atendida, que o nível de satisfação poderá ser conferido nas urnas.
Sem promessa de 4 anos
O prefeito João Campos (PSB) se esquivou o que pôde nas perguntas sobre se pretende cumprir mais quatro anos de mandato no Recife ou se renunciará em 2026 para concorrer ao Governo do Estado. Ao UOL e Folha de São Paulo preferiu dizer que está focado campanha pela reeleição. “Não sou do tipo de pessoa que fica pensando dez anos frente”, disse.
Bilhões do BNB
Dos R$ 400 bilhões que o presidente Lula anunciou para o Plano Safra 2024/2025, o BNB, presidido por Paulo Câmara, terá R$ 21,5 bi à disposição. Desse total, R$ 10 bi serão aplicados na agricultura familiar e R$ 11,5 bi na agricultura empresarial.
Contra relatório
O vice-presidente Geraldo Alckmin revoltou-se contra o relatório da Reforma Tributária. “Eu sou contra tirar arma do Imposto Seletivo. Você tem que desonerar comida. Está mais do que provado que, quanto mais arma tem, mas homicídio tem”, protestou.
A flor e a estrela
De olho nos dissidentes do PT, a pré-candidata do Psol no Recife, Dani Portela, diz que pretende resgatar o Orçamento Participativo criado pelo “melhor prefeito”, João Paulo, referindo-se ao colega deputado. E ainda avisa que quem quiser pode usar a flor, uma marca sua, e a estrela, “que combinam”. Dani aposta no racha do PT, caso não indique a vice de João Campos (PSB).