O PT vem insistindo na tese de que deve ocupar a vice na chapa do prefeito do Recife, João Campos (PSB), na disputa pela reeleição ano que vem, mas o socialista foi diplomático ao responder, nesta quinta-feira (30), sobre a situação da atual vice, Izabella de Roldão (PDT). Vale lembrar que a governadora Raquel Lyra (PSDB) já demonstrou interesse em atrair a sigla pedetista para sua base, tirando de João Campos, como já fez com o PSD.
“O PDT é um parceiro, aliado. Temos uma excelente relação. O PDT estará entre as discussões relativas às construções, não só aqui, mas a nível nacional. Também estará participando”, assegurou João, durante o anúncio da Virada Recife 2024.
Questionado sobre o desejo do PT em querer a vice no Recife, João lembrou do papel do PSB na eleição de Lula. “A reunião de ontem foi importante porque a política se constrói num olhar amplo. Consolidamos uma aliança muito ampla que sempre existiu, que teve uma consolidação muito importante com a eleição de Lula e (o vice-presidente) Geraldo Alckmin (PSB). Nós somos parte fundamental no apoio à construção da governança. A partir daí, nós vamos discutir nas grandes cidades, em Porto Alegre, São Paulo, Recife. E aí, como se faz na política, se busca construir os consensos. É um processo dinâmico. Os interesses das direções nacional e local é de harmonia”, garante o prefeito.
Quanto à reunião de ontem, em Brasília, com as direções do PSB e PT, Campos garantiu que girou em torno das alianças nas capitais, sem cravar onde e de que forma se darão. Também estiveram presentes o presidente do PSB, Carlos Siqueira, a dirigente do PT, Gleisi Hoffman, e o senador Humberto Costa (PT).
“Foi a primeira reunião. Faço parte do grupo eleitoral e sou vice-presidente nacional do PSB. Passamos pelas capitais brasileiras, sobre o projeto de cada partido e sobre como estão os partidos da base do presidente Lula. Não foi uma reunião deliberativa, foi expositiva”, comentou.
João Campos disse que outros encontros vão acontecer e um segundo passo será para tratar das cidades onde tem dois turnos. “Se não me falha a memória, são 97 municípios que têm segundo turno no Brasil e vamos apresentar o cenário de cada um. Depois, ver a discussão sobre apoios”, disse.