Foto: Clarissa Aguiar/DP
O prefeito do Recife, João Campos (PSB), participou da reunião, no Palácio do Campo das Princesas, quando foi anunciada a reativação do Conselho Metropolitana, e, ao conceder entrevista, disse que espera por ações concretas, a partir do diálogo entre o Governo do Estado e os demais municípios da RMR. O socialista garantiu que a prefeitura da Capital está à disposição e participará ativamente das reuniões do Conselho.
“É importante discutir com as cidades metropolitanas, com a presença do Governo do Estado, os problemas e os desafios que são muito parecidos. Espero que possam haver desdobramentos com ações concretas. O Recife se coloca à disposição. Já tem quatro reuniões agendadas para a semana que vem com as equipes técnicas e a equipe do Recife vai estar participando”, salientou Campos.
Ele assinalou que “todo mundo que se dispõe a disputar uma eleição e sair vencedor deseja o bem da sua cidade”. E o bem da sua cidade passa pela capacidade de diálogo, de poder fazer gestão, de contribuir, da parceria entre os municípios, e, principalmente, resolver os problemas”, acrescentou.
João Campos admitiu que o Recife tem uma maior capacidade de investimento que os demais municípios, até porque o orçamento para este ano está previsto em cerca de R$ 9 bilhões. No entanto reconheceu que os problemas comuns nas áreas de fronteira dependem de ações conjuntas.
“Muitas interseções a gente tem um desafio nas áreas limítrofes. Então, são áreas vizinhas que muitas vezes os serviços ficam na dúvida se aquilo é de Jaboatão ou em Recife. Às vezes a parte de iluminação é feita por Jaboatão, mas a coleta de lixo é com o Recife”, citou.
Por conta dessa dificuldade, o prefeito da Capital colocou que alguns investimentos ficam travados porque é preciso avaliar se determinada área pertence a um município ou a outro. “Essa é uma pauta que, inclusive, a gente vem tratando com prefeito Mano, de Jaboatão”, disse Campos, se referindo à comunidade de Jardim Monte Verde, que está localizada entre as duas cidades. Ele também lembrou, como exemplo, que 60% dos partos realizados no Hospital da Mulher do Recife são de mães que vêm de outros municípios.
