Foto: Rafael Vieira/DP
A disputa pela Prefeitura do Paulista, neste ano, promete ser um confronto entre o ex-prefeito Júnior Matuto (PSB) e Yves Ribeiro (PT), que sucedeu o socialista em 2021 e tentará a reeleição. Na visita que fez ao Diário de Pernambuco e ao Blog Dantas Barreto, Matuto disse que tem planos para retomar o desenvolvimento do município e a autoestima da população. “Paulista pode esperar de mim um prefeito presente. Vamos estudar o orçamento para que cada projeto caiba dentro das possibilidades. Por isso não vou fazer falsas promessas”, ressaltou.
O pré-candidato disse que já realizou várias reuniões e vai retomá-las nos próximos dias para incluir as propostas em seu programa de governo. “Temos colhido muitos depoimentos e sugestões, extraindo a realidade do Paulista. Queremos estabelecer compromissos palpáveis. O povo sabe o que fizemos nos bairros e comunidades. Por isso, vão poder comparar as duas gestões e as perspectivas de futuro”, disse.
Questionado sobre como deixou Paulista e como a cidade se encontra atualmente, Júnior Matuto listou alguns problemas. “Quando o prefeito coloca a culpa no Banco Central para não pagar os salários dos servidores, é pela falta de competência dele. A gestão falhou na saúde e na educação. Quando chegamos à Prefeitura, Paulista tinha a segunda pior educação do Brasil. Nivelamos com o Recife e hoje está novamente derretida. O prefeito pegou o final da pandemia, mas quis transferir as consequência”, disparou.
Matuto também disse que deixou as contas em dia, inclusive com empréstimo de R$ 70 milhões, através do Finisa, para obras de infraestrutura. “Ele (Yves) entrou com um projeto de lei na Câmara para dar outro destino aos recursos”, acrescentou.
O ex-prefeito também foi indagado sobre os problemas que enfrentou quando a Polícia Civil desencadeou a Operação Chorume para apurar fraude envolvendo a empresa de coleta de lixo. Ele foi afastado do cargo em julho de 2021. Matuto assegurou que tudo foi esclarecido, mas sabe que o assunto voltará à tona durante a campanha eleitoral.
“Estamos preparados para esse debate. Meu afastamento foi mais que esclarecido, tanto que depois que saí da Prefeitura não houve mais nada. O Ministério Público pediu o arquivamento do processo. Na época, afastamos a empresa e seguimos a determinação do Tribunal de Contas do Estado . Ao final o TCE deu parecer favorável”, garantiu.
Da mesma forma que vê Yves Ribeiro tentando se segurar nessa questão, Júnior Matuto avalia que a filiação do prefeito ao PT foi “para se agarrar numa tábua de salvação”. “Eu sempre militei no PSB e apoiei o presidente Lula. Yves é um político que adota a linha da conveniência. Foi assim com Jarbas Vasconcelos, com Eduardo Campos e agora com o PT para ver se escapa”, disse o socialista.
No campo da política, Júnior Matuto disse que vem se articulando com partidos visando montar uma ampla aliança. “Já temos dois vereadores nos apoiando e até abril mais apoios virão”, afirmou.