Por: Hely Ferreira*
Os primórdios do cristianismo foram marcados pelas perseguições oriundas do Império Romano. Durante os primeiros séculos, a prática de levar os cristãos para serem devorados pelas feras nos famosos circos romanos, era visto como algo corriqueiro. Com a questionável conversão do Imperador Constantino ao cristianismo, os cristãos deixaram de ser perseguidos e passaram a ser protegidos.
Ao se tornar a religião oficial, muitas coisas positivas e negativas ocorreram. Com relação as positivas é necessário lembrar que atrocidades que até então eram praticadas com os seguidores de Cristo, agora chegara ao seu final. Por outro lado, muitos adentraram no cristianismo não por conversão, mas por pura conveniência.
Afinal, soava como algo benéfico professar a fé oficial. Entretanto, a qualidade dos novos “cristãos” era algo sofrível, onde os mesmos não possuíam nenhuma identificação com o que diziam acreditar.
Guardada as devidas proporções, parte significativa dos filiados aos partidos políticos do Brasil não possuem nenhuma identificação com a história do mesmo. Com efeito, as filiações são frutos da conveniência, e basta o cenário apontar algo adverso que mudam de lado.
Afinal, o programa partidário é desconhecido pela maioria dos filiados. A chegada de novos quadros erroneamente acredita-se em crescimento, quando, na verdade, não passa de puro oportunismo.
*Hely Ferreira é cientista político