Foto: Ruan Pablo/DP
Momentos antes da reunião fechada de lideranças da Federação PT/PV/PCdoB e do PSB para deliberar sobre o anúncio de Victor Marques (PCdoB) como vice do prefeito João Campos (PSB), o senador Humberto Costa (PT) confirmou que não houve qualquer acordo sobre trocar a composição da chapa municipal por apoio em sua reeleição ao Senado em 2026.
“Não existe nenhum acordo em relação a 2026. Em nenhum momento levantamos essa questão”, disse Humberto na entrada do hotel Luzeiros, em Boa Viagem, onde aconteceu a reunião.
Questionado sobre a sonhada indicação do vice, o tom do senador foi de derrota. Apesar dos petistas reafirmarem o apoio ao prefeito e estarem, na teoria, representados na chapa pela escolha de um vice da Federação, há uma insatisfação entre membros do partido pela perda do protagonismo na capital.
“Tentamos convencer, mas a última palavra é do candidato. Vamos seguir em frente, fazer essa campanha, e a vida continua”, declarou Humberto.
Para o deputado federal Carlos Veras (PT), que era um dos nomes cotados para a vaga antes de se retirar da disputa, a legenda agora trabalha para buscar representação na chapa.
“Vamos procurar estar representados nas decisões políticas. Tenho a honra de conhecer Victor Marques, há um bom tempo, e espero que ele tenha a capacidade, maturidade e força política que tem demonstrado no dia a dia para aglutinar forças e dialogar conosco. Vamos construir para frente, construir pontes”, disse o parlamentar.
Preterido pelo prefeito na escolha do vice, Mozart Sales (PT) seguiu a orientação da sigla e acatou o entendimento do partido.
“Foi uma decisão do PT a nível nacional em torno da unidade. Estamos acatando. O diretório municipal já se pronunciou, e vamos marchar em frente com a reeleição do prefeito João Campos”, afirmou.
“A ideia é compor a força. Vamos propor uma alternativa e olhar sobre a cidade do Recife, com uma presença forte no programa de governo”, acrescentou.