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Morre a economista Maria da Conceição Tavares, aos 94 anos

Foto: Reprodução redes sociais

Do Correio Braziliense

Morreu neste sábado (8/6) a economista Maria da Conceição Tavares, aos 94 anos. A economista deixa um grande legado ao pensamento desenvolvimentista. A intelectual foi professora e deputada federal pelo Partido do Trabalhadores (PT). Sua morte foi confirmada pelo deputado Pedro Uczai (PT-SC), que lamentou nas redes sociais.

Maria nasceu em Anadia, em Aveiro, Portugal, e cresceu em Lisboa, filha de um pai anarquista que abrigava refugiados da Guerra Civil Espanhola durante a era Salazar. Formada em matemática pela Universidade de Lisboa, fugiu da ditadura salazarista em Portugal, mudando-se para o Brasil em 1954.

Quando chegou ao Brasil, ela começou a participar das atividades e debates promovidos pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Por não conseguir a equivalência de diplomas que lhe permitiria dar aulas em universidade, em 1955 começou a trabalhar no atual Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).

Sua carreira no Brasil foi marcada por importantes passagens pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Grupo Executivo de Indústria Mecânica Pesada (Geimape). Trabalhou também na Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

A intelectual escreveu centenas de artigos e livros, o mais famosos é Auge e Declínio do Processo de Substituição de Importações no Brasil – Da Substituição de Importações ao Capitalismo Financeiro.

Maria foi eleita deputada federal pelo PT do Rio de Janeiro em 1994, se tornou uma das críticas mais contundentes da área econômica do governo FHC. No ano de 1998, venceu o Prêmio Jabuti na categoria Economia.

LULA

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que a economista foi uma das maiores do país. “Nascida em Portugal, adotou o Brasil e nosso povo com o seu coração e paixão pelo debate público e pelas causas populares. Foi uma economista que nunca esqueceu a política e a defesa de um desenvolvimento econômico com justiça social”, escreveu.

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