Foto: Blog Dantas Barreto
A vitória de Mirella Almeida (PSD) sobre Vinicius Castello (PT), na disputa pela Prefeitura de Olinda, no 2°turno, teve o peso dos apoios políticos, mas também porque ela mirou no eleitorado conservador que não votaria no candidato petista. Ela tinha que tirar a desvantagem de 18.133 votos do 1º turno e ampliar a votação para garantir a vitória. O resultado da estratégia adotada na campanha foi que Mirella atraiu quase o dobro dos votos que Vinicius conseguiu, na segunda etapa do pleito. A candidata do PSD recebeu 49.324 votos a mais, no último domingo, em relação à votação do 1° turno, enquanto Castello somou 25.194 a mais, que não foram suficientes para superar a adversária. Com isso, ficou evidente que, mesmo a candidata do PL, Izabel Urquiza, ficando neutra, grande parte dos seus 51.526 eleitores optou pela governista. Os outros três candidatos de oposição, Márcio Botelho (PP), Antônio Campos (PRTB) e Clécio Basílio, juntos, somaram apenas 13.279 votos no 1º turno e a tendência é que a maioria tenha ido para Vinícius. A força da máquina, a presença da governadora Raquel Lyra (PSDB) e outros aliados ajudaram, mas há uma parcela que rejeitou o candidato do PT e preferiu eleger a ex-secretária do prefeito Professor Lupércio (PSD), apesar de a gestão ter um alto índice de reprovação, como mostraram as pesquisas divulgadas. Além disso, houve aumento do número de eleitores que preferiram não escolher ninguém, no 2° turno: 129.304 votaram em branco e nulo ou sequer compareceram às urnas. No 1° turno, foram 121.672.
Palanques desarmados?
Governadora em exercício, Priscila Krause (Cidadania) ressalta que os apoios de Raquel Lyra (PSDB) e das forças políticas aliadas foram fundamentais para a conquista de prefeituras como as de Olinda e no Litoral Norte, num movimento iniciado em 2022. Priscila diz que agora é preciso desarmar os palanques. Mas como 2026 é logo ali, outros palanques serão montados.
Caiado em faixa própria
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), chamou Jair Bolsonaro (PL) de deselegante por ter ido a Goiânia fazer campanha contra o candidato apoiado por ele. À CNN Brasil, também descartou apoiar Lula, mesmo o UB tendo três ministérios. Caiado trabalha para disputar a Presidência.
Foco na classe média
O ministro Alexandre Padilha avalia que o PT deve focar na classe média. “Acho que o PT tem debate a fazer com segmentos dos trabalhadores e trabalhadoras que ganham de dois a 10 salários mínimos que, por algum motivo, na disputa municipal, não estão se sentindo representados”, alerta.
Prazo para retornos
Dia 31 de dezembro foi o prazo estipulado pelo TCE para que as prefeituras devolvam os servidores cedidos pelo Governo do Estado. No início do ano, o embate foi grande entre o Governo e a Prefeitura do Recife. Prefeitos reeleitos e ou apoiados por atuais pedirão as cessões novamente? E o Governo vai ceder?