Foram dois turnos duros, polarizados e com a população rachada. Direita versus esquerda. Esse é o resumo da disputa pela Presidência da Argentina, vencida neste domingo pelo ultraliberal Javier Milei. A vantagem foi além da esperada, na casa dos 12 pontos percentuais, possivelmente reflexo do apoio da terceira colocada do 1º turno, Patrícia Bullrich. Mas o cabo-de-guerra vai continuar no País e essa fase pós-eleição os brasileiros conhecem muito bem. O novo presidente herda do ministro da Economia e seu concorrente, Sergio Massa, uma inflação superior a 142% e uma Nação que vem empobrecendo nos últimos anos. Foi prometendo melhorar a vida de todos e com um discurso que beirava a insanidade, que Milei pôs fim ao governo peronista, de esquerda. Venceu e agora terá que colocar em prática o que disse. Ou não. Campanha é uma coisa e comandar um país do porte da Argentina é outra. Javier Milei perceberá a diferença entre fantasia e realidade. E ainda verá uma população dividida entre quem acreditou nas suas palavras, quem preferiu Massa e quem não via nos dois candidatos a melhor opção. Para o Brasil, particularmente para o Governo Lula, a vitória do ultraliberal é um desasossego, já que Milei avisou que não quer conversa com governos de esquerda. Mas os negócios continuarão sendo tratados entre os dois países, até porque é do interesse econômico dos próprios argentinos terem nosso País como principal parceiro comercial.
Assassinatos de quilombolas
Nos últimos cinco anos, aumentou o número de assassinatos de quilombolas tendo como motivo o conflito por terras. Foram 32 crimes registrados em 11 estados do Brasil. É necessário fazer reflexão sobre isso, neste Dia da Consciência Negra, que a partir do próximo ano será feriado nacional.
Pesquisa
A informação sobre esses crimes consta na pesquisa Racismo e Violência contra Quilombolas no Brasil, divulgada pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e a Terra de Direitos.
Emenda para escola
O deputado federal Túlio Gadelha (Rede) faz campanha nas redes sociais em busca de apoio popular para a emenda participativa, de R$ 500 mil. Recursos seriam direcionados para a requalificação da sala de informática da Escola de Aplicação.
Regina do PT
Na entrevista à CNN Brasil, o ex-ministro José Eduardo Cardozo (PT) admitiu que Sérgio Massa não era o candidato dos sonhos à Presidente da Argentina. Disse que só preferia o peronista porque Javier Milei lhe causa medo. Lembra o medo que a atriz Regina Duarte tinha de Lula ser eleito presidente do Brasil, em 2002.