Foto: Taylinne Barret/DP
O presidente estadual do União Brasil, Miguel Coelho, já tem data para iniciar a sua pré-campanha na disputa pelo Senado. A partir de abril, ele percorrerá os municípios pernambucanos para se apresentar, visando uma das vagas na Frente Popular. Durante entrevista a Rádio Clube e ao Blog Dantas Barreto, nesta quinta-feira (13), Miguel questionou o que os senadores Humberto Costa (PT) e Fernando Dueire (MDB) têm feito pelo Estado, que credenciem as suas reeleições em 2026.
“Eu coloco meu nome à disposição pela experiência que acumulei, pela gestão que fiz à frente da terceira maior cidade que é Petrolina. Saí de lá com 92% de aprovação. Ninguém tem uma aprovação dessa se não tiver entrega, conversa reta, transparente objetiva com o cidadão e, principalmente, melhorando a qualidade de vida”, salientou Coelho.
Questionado sobre a disputa pelas duas vagas na Frente Popular já que, além dele, tem outros nomes interessados no Senado, Miguel disse ser natural que e outros aliados também tenham seus projetos políticos. No entanto, colocou as suas credenciais e provocou Humberto Costa e Fernando Dueire.
“Pela nossa história, pela força do nosso grupo político, do nosso partido, entendo que união Brasil tem todas as credenciais para disputar uma vaga no Senado. Mas o mais importante de quem vai disputar, é perguntar o que um senador faz. O que os dois senadores que vão disputar, em tese, a reeleição fizeram ou deixaram de fazer pelo povo do Recife, pela Região Metropolitana e pelo nosso Estado? Cada senador tem minimamente por ano R$ 200 milhões de emendas. Fizeram o quê com essas emendas? Botaram aonde? Esse dinheiro que veio ou se veio para Pernambuco foi aplicado e transformado para melhoria da saúde, em vaga de creche, em escola de tempo integral, em apoio à Polícia Militar, a Polícia Civil, para melhorar o metrô que está sucateado, para fazer obras de saneamento? Acho que esse é o tema. Perguntar ao cidadão, para todos que vão participar do processo eleitoral do próximo ano, qual é o perfil, o tipo e a voz do senador que você quer que lhe represente. Quer um que passe oito anos no que tanto faz que tanto fez, ou você quer se sentir parte do projeto e tenha orgulho de defender seu Estado e seus interesses enquanto cidadão? Eu quero ser essa voz do cidadão pernambucano para ele poder se sentir parte de um projeto maior. Nosso plano A é poder disputar o Senado, respeitando todos, numa disputa sadia. Cada partido vai apresentar o seu nome e União Brasil coloca o seu”, provocou.
O dirigente disse que a executiva estadual do União Brasil fará a primeira reunião, nesta sexta-feira, para tratar da organização interna e discutir a montagem de novas comissões provisórias. E que já pretende montar a programação da sua pré-campanha ao Senado.
“A partir do mês de abril, a gente quer fazer um itinerário pelas regiões econômicas do Estado, num processo de escuta e debate, mas não no formato engessado de filiação. É um ato para gerar o debate, a provocação e a consciência. Qual o Pernambuco que a gente quer a partir de 2027? Qual o papel do senador, do deputado estadual, do deputado federal, qual a contribuição que que dar e acha importante para sua cidade e sua região, desde o Sertão, o Agreste, Mata e Metropolitana? Para tentar gerar o debate rico de propostas, para nos apresentar de forma sinérgica e em sintonia com o eleitor. A gente precisa estar conectado com o nosso cliente. A gente quer fazer um giro para fortalecer, preparar o partido e poder aumentar a nossa densidade eleitoral”, avisou o Miguel Coelho.
A respeito da divisão interna do União Brasil, o dirigente disse que as divergências são naturais, mas acredita que a unidade se dará em torno do fortalecimento da legenda. “Se perguntar para mim e para Mendonça Filho qual é a prioridade, a resposta é crescer o partido, fazer mais bancada federal e bancada estadual e propor que o União Brasil continue tendo protagonismo que nós temos a nível nacional e que agora queremos protagonizar a nível estadual. Estamos tranquilos com isso. Através do diálogo, do respeito. Respeitando as divergências, mas buscando sempre aonde a gente tem convergência”, ressaltou Miguel.