Foto: Ed Alves/CB/D.A Press
Do Correio Braziliense e Metrópoles
Após 1 hora e 30 minutos de depoimento, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, deixou a sede da Polícia Federal, em Brasília, nesta quinta-feira (5/12), sem falar com a imprensa. Ele foi interrogado, mais uma vez, sobre a suposta trama de golpe de Estado para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo fontes da PF, um dos principais objetivos da oitiva foi esclarecer recente entrevista do advogado do militar, Cezar Bittencourt, na qual ele falou sobre Bolsonaro.
No depoimento desta quinta à PF, o ex-ajudante de ordens afirmou ao delegado Fábio Shor, responsável por conduzir a oitiva, que seu advogado teria se “confundido” com as perguntas durante a entrevista.
Na oitiva desta quinta, de acordo com relatos, o tenente-coronel reafirmou que não tinha conhecimento sobre o suposto plano para matar Lula e que, por isso, não teria como saber se Bolsonaro sabia.
Cid foi questionado sobre possíveis “omissões e contradições” em depoimentos anteriores. Isso ocorre porque os agentes da PF recuperaram arquivos deletados no computador dele com detalhes sobre o “Punhal Verde e Amarelo”, com a trama golpista, além do planejamento de assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes.
O militar também esteve na PF em 19 de novembro para prestar esclarecimentos sobre o mesmo assunto. No dia seguinte, ele foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ser ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes. Ele correu o risco de ser preso novamente por ser suspeito de descumprir o acordo de delação premiada ao ocultar informações.