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Lupi vai ficando no Ministério da Previdência, mas esvaziado. Maioria dos brasileiros defende demissão

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Do Correio Braziliense

Apesar das pressões da oposição e de setores do próprio governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deve demitir Carlos Lupi do Ministério da Previdência a menos que fique comprovado o envolvimento direto dele com o escândalo dos descontos ilegais de aposentadorias e pensões. Porém, o ministro deixa de ter qualquer ingerência no INSS, que, desde quarta-feira à noite, tem novo presidente — Gilberto Waller Júnior, até então corregedor da Procuradoria-Geral Federal, que integra a estrutura da Advocacia-Geral da União (AGU). Ele esteve reunido, ontem, na sede do instituto com cinco pessoas.

Ao esvaziar Lupi, Lula faz dois movimentos: o primeiro, trabalha para evitar a debandada do PDT da frágil base governista no Congresso (são 17 deputados e três senadores), uma vez que o ministro é presidente de honra da legenda; o segundo, coloca à frente do INSS uma cúpula que responderá diretamente a ele e à AGU.

A indicação de Waller foi feita pelo ministro-chefe da AGU, Jorge Messias, que desfruta da integral confiança de Lula. O nome foi sugerido ao presidente, que aceitou a indicação horas depois de a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmar, na tarde de quarta-feira, que o novo presidente do INSS seria escolhido pelo presidente.

Em outra frente, os ministros do governo tentam amenizar a situação em relação a Lupi. No ato em celebração ao Dia do Trabalho organizado pelas centrais sindicais, ontem, em São Paulo, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo disse que não há nada que “desabone” Lupi até agora.

Já o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, que também participou do ato, foi menos diplomático. “O ministro Lupi tem as ferramentas, agora, com a nova gestão do INSS, para poder tomar as decisões, fazer as correções de rota e dar a garantia para a sociedade de que o INSS é uma instituição séria. A continuidade de um ministro, muitas vezes, passa por uma avaliação política, e não simplesmente se o ministro tem ou não culpa”, frisou.

PESQUISA

Pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira (1º/5) mostra que 85,3% dos brasileiros defendem que o ministro Carlos Lupi seja demitido pelo escândalo dos descontos indevidos de aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Apenas 8,7% são contra a demissão, e 6% não souberam responder.

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