Pré-candidato a prefeito de Serra Talhada, o deputado estadual Luciano Duque já admite que poderá estar fora da disputa por não ter apoio do seu próprio partido, o Solidariedade. O rompimento com a principal líder da sigla em Pernambuco, Marília Arraes, deverá ser oficializado em 1º de junho. Nesse dia, ela será esperada na cidade sertaneja para anunciar seu apoio à reeleição da prefeita Márcia Conrado (PT).
Durante entrevista à Rádio Folha, Duque disse que ainda tem esperança de se candidatar, contudo avisou que, não sendo possível, apresentará outro nome. O mais cotado é seu filho Miguel Duque, que é filiado ao Podemos. PRD, Agir e PDT são outros partidos que compõem a aliança do grupo liderado por Luciano Duque. Ele explicou que teve de lançar a pré-candidatura, na semana passada, como forma de chamar a atenção de Marília e ela, enfim, cravar uma posição.
O deputado contou que só queria ouvir de Marília Arraes a decisão de não lhe dar legenda para se candidatar. “Se ela não quer que eu seja candidato, que diga. Não sei porque essa raiva”, assinalou, lembrando que saiu do PT a pedido da ex-deputada, rompeu com Márcia Conrado por conta dela e sempre esteve seu ao lado.
Duque relatou que houve outras tentativas para tirá-lo da disputa, com os adversários recorrendo ao Tribunal de Contas do Estado, cooptando partidos e agora não dando direito a concorrer pela sigla a qual é filiado.
“Se não for possível, vamos ter outro nome para discutir o município. Temos compromisso com a nossa terra. Serra Talhada voltará a ser governada por quem gosta do povo. Na hora que ela (Marília Arraes) tomar a decisão, no dia 1º, aí tem ruptura, a relação estará estremecida e eu vou tomar o meu caminho. No dia 1º, quando ela se juntar com seus algozes, vou debater Serra Talhada e vamos lançar um candidato”, avisou Luciano Duque.