Foto: Blog Dantas Barreto
Líder do Governo, a deputada Socorro Pimentel (UB) fez um desabafo na tribuna da Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (17), para relatar a indignação com o que aconteceu na semana passada e que resultou na derrota da base governista nas principais comissões temáticas, no sábado. Socorro criticou a falta de respeito com os deputados e do seu partido. Também afirmou que foi vítima de violência de gênero.
Na sua fala, a convocação “apressada” das comissões para a sexta-feira passada, “no meio da madrugada pegou a todos nós de surpresa”. A deputada diz que a forma como a presidência da Alepe e a oposição agiram “prejudica os trabalhos do Legislativo e quem mais perde com isso é o povo, que espera decisões acertadas nesta Casa”.
Socorro Pimentel utilizou palavras duras como falta de transparência, de ética e de respeito, ressaltando que cada deputado tem o direito de ser ouvido.
Ao se referir à sua própria situação, a deputada disse que seu sentimento é de indignação com o União Brasil, pela maneira como foi tratada. Socorro reclamou que foi retirada das principais comissões, inclusive da Saúde. Afirmou que, como médica, poderia contribuir para a melhoria do serviço no Estado. “Sinto-me desrespeitada, não só como médica, mas como a única mulher da bancada do União Brasil”, disparou.
Na sua avaliação, “é preciso reconhecer que não é um caso isolado, mas uma violação de política de gênero”. A líder do Governo considera que o ocorrido na Assembleia “faz parte do rol onde o machismo está enraizado”. “Atinge todas as mulheres, e em todos os lugares percebemos esse tipo de exclusão”, salientou.
Socorro conclamou as demais deputadas a se unirem contra as atitudes machistas. “A gente não pode se calar diante de uma situação tão grave”, enfatizou. E aproveitou para fazer um apelo no sentido de que haja uma mudança de rota e que se dê um jeito no que foi feito na semana passada.
A parlamentar alertou sobre o risco de usar a Assembleia Legislativa “de forma política pequena e politiqueira”.
