Foto: Blog Dantas Barreto
A oposição vem utilizando como discurso contra o prefeito João Campos (PSB) o fato de o Recife ser a segunda capital mais desigual do País, conforme o Instituto Cidades Sustentáveis (ICS). O ranking foi divulgado no início deste ano. Nesta quarta-feira (4), o socialista contestou esses dados, argumentando que sua gestão toma como base o índice Gini, que também é utilizado pelo IBGE. De acordo com Campos, a capital pernambucana está na 12ª posição no ranking da desigualdade social entre as capitais. Em 2012, o município ocupava a segunda pior posição.
O prefeito considera a avaliação Gini mais realista porque usa como base a renda das pessoas, enquanto outros rankings se baseiam em números de homicídios, saneamento básico, pessoas desocupadas, gravidez na adolescência, quantidade de mulheres nas câmaras municipais e demais critérios.
“Cada ranking usa uma metodologia diferente. Este que estão citando tem indicadores que mudam a posição da cidade. No ranking baseado na renda, o Recife saltou dez casas”, disse João Campos, durante sabatina promovida pela Fiepe e Rádio CBN.
O prefeito passou a maior parte dos 40 minutos de sabatina falando sobre o que realizou, desde 2021. Mas salientou a importância das parcerias com a construção civil, que integra setor da indústria. João Campos respondeu sobre a verticalização das moradias para uso misto, como alternativa numa cidade que tem 65% da área territorial formada por morros e apenas 35% é plana. “É um território pequeno para o tamanho populacional”, observou.
O candidato à reeleição assinalou que o Recife tem 4.700 unidades de interesse social construídas, em obras ou projetos. Também falou do interesse em ampliar as parcerias com a iniciativa privada para investimentos em imóveis do Centro do Recife, oferecendo benefícios como perdão de dividas.
“Quem fizer moradia no Centro também terá adicional construtivo em outras áreas da cidade. Nosso interesse é atrair as pessoas para morar no Centro da cidade, onde já é 100% drenado, tem água e infraestrutura”, defendeu.
Ainda sobre a participação da construção civil, destacou as grandes obras de proteção das áreas de risco. João Campos disse que a Prefeitura captou R$ 2 bilhões junto ao BID e já foram investidos mais de R$ 230 milhões.
“O dever está sendo cumprido e o desejo é fazer mais. Até por isso quero ser reeleito. É inegável que a gente olha para diversas áreas da cidade e vê obras”, ressaltou João Campos.