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Humberto Costa pede que a PGR investigue o PL

A prisão do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, de pessoas próximas a Jair Bolsonaro e o fato de o próprio ex-presidente da República estar sendo investigado por tentativa de golpe de Estado, levou o senador Humberto Costa (PT) a recorrer à Procuradoria Geral da República (PGR). Ele pediu uma investigação sobre o possível envolvimento do PL no financiamento dos acampamentos em frente aos quartéis do Exército e ao ato de 8 de janeiro de 2023.

“Se for provado que o Partido Liberal financiou os movimentos com recursos partidários, não há outra alternativa que não seja a cassação do registro junto à Justiça Eleitoral. Ficaria comprovado um atentado perpetrado por um partido político à democracia. Por isso, pedi à PGR para que seja feita uma investigação específica para verificar se o PL financiou os acampamentos e os atos golpistas”, disparou Humberto.

Na manhã desta quinta-feira, a Polícia Federal fez operação que prendeu, Além de Valdemar Costa Neto, os ex-assessores de Bolsonaro, Marcelo Costa Câmara e Felipe Martins também foram presos. Ainda houve busca e apreensão em imóveis dos generais Braga Neto e Augusto Heleno, do ex-ministro Anderson Torres e Paulo Sérgio Nogueira. O próprio Jair Bolsonaro teve o passaporte apreendido.

A operação foi realizada após o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fechar delação premiada com a PF. Cid está preso e é investigado por envolvimento na tentativa de golpe e outras denúncias envolvendo o ex-presidente e integrantes de seu governo.

O ex-ajudante de ordens disse na delação que Bolsonaro teria visto a minuta de um decreto que seria usado para subverter o resultado da eleição presidencial de 2022, em que o ex-presidente foi derrotado por Luís Inácio Lula da Silva (PT).

A minuta teria sido apresentada a Bolsonaro, em novembro de 2022, por Filipe Martins, segundo a PF. A minuta detalhava supostas interferências do Judiciário e decretava a prisão de autoridades, como os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O documento também determinaria a convocação de novas eleições. Segundo Cid, Bolsonaro teria solicitado a Filipe Martins alterações na minuta e concordado com os termos ajustados, além de convocado uma reunião com os comandantes das Forças Armadas para apresentar a eles o documento para que aderissem à iniciativa. (Colaboração do Correio Braziliense).

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