Foto: Blog Dantas Barreto
Na passagem pelo Recife, o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), disse que não concorda com o fato de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ter sido julgado na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal. Na sua opinião, o correto seria que o julgamento ocorresse no pleno do STF, com a participação dos 11 ministros. Ele acredita que o caso ter ficado restrito à Primeira Turma poderá gerar alguma questão jurídica. Ratinho Júnior também defendeu a anistia para as pessoas que se envolveram no ato de 8 de janeiro de 2023. Bolsonaro agora é réu sob a acusação de tramar um golpe de estado.
“O julgamento do Bolsonaro, acho que como se trata de um assunto muito importante e se trata de um ex-presidente da República, não sei se poderia ser julgado por uma turma, mas ser julgado pelo Pleno. Acredito que deveria ser assim, apesar de não ser jurista. Talvez o STF vai ter que analisar essa questão, que vai ser obviamente questionada”, opinou Ratinho Júnior, ao ser questionado pelo Blog Dantas Barreto, após participar do almoço-debate promovido pelo LIDE, nesta segunda-feira (26).
Quanto aos manifestantes de 8 de janeiro de 2023, o governador do Paraná disse que as penas que estão sendo aplicadas são muito duras. Considera que as depredações que ocorreram no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e no STF foram vandalismo e não um ato contra a democracia.
“Não acho justo com quem cometeu um ato de vandalismo, e foi vandalismo. Isso não quer dizer que não tem que ser punido. Mas pegar 17 anos de cadeia, enquanto um assassino pega oito, é uma inversão de valores de crime. Acho que as pessoas têm que ter o direito de poder ter as esferas jurídicas, que é dado na primeira instância, segunda instância. É assim que diz a nossa Constituição”, salientou Ratinho Júnior.