Do Metrópoles
A China está empenhada na construção de nova rota para conectar o Atlântico e o Pacífico, atravessando Argentina, Brasil, Chile e Paraguai, de modo a facilitar o intercâmbio comercial da Ásia com a América do Sul. Apesar de não ser novo, o projeto se insere no meio da guerra comercial que o gigante asiático trava com os Estados Unidos de Donald Trump.
O principal objetivo do corredor é permitir que o Brasil e os vizinhos sul-americanos evitem as rotas tradicionais de navegação do Atlântico, reduzindo significativamente os tempos de trânsito e os custos logísticos para exportações agrícolas, como soja, carne e grãos. Uma delegação chinesa esteve recentemente o Brasil para discutir grandes projetos de infraestrutura, incluindo o Corredor Bioceânico.
O governo brasileiro já trabalha, via Ministério do Planejamento e Orçamento, com o desenvolvimento das cinco rotas de Integração e Desenvolvimento Sul-Americano, que fazem parte da agenda da integração regional. A pasta desenhou as cinco rotas após consulta aos 11 estados brasileiros que fazem fronteira com os países da América do Sul.
As rotas têm o duplo papel de incentivar e reforçar o comércio do Brasil com os países da América do Sul e reduzir o tempo e o custo do transporte de mercadorias entre o Brasil e os seus vizinhos e a Ásia.