Deputado Gilmar Júnior diz que só adere ao Governo se Raquel Lyra fizer um milagre

Foto: Felipe Soares/Divulgação

O deputado estadual Gilmar Júnior voltou a afirmar, nesta quinta-feira (15), que não tem motivos para aderir ao Governo Raquel Lyra só porque seu partido, o PV, ganhou a secretaria da Criança e Juventude. Garantiu que se dispõe a colaborar para encontrar soluções para o setor da Saúde, mas a iniciativa de procura-lo terá de partir da governadora.

Gilmar disse que foi pego de surpresa e não houve diálogo no partido para a adesão. As articulações foram feitas entre o presidente estadual do PV, deputado Clodoaldo Magalhães e Raquel.

“Se Raquel tiver cacife para fazer milagre, eu posso ir para o Governo. Acredito em milagre, mas até agora Raquel não demonstrou ser capaz disso”, declarou Gilmar, durante entrevista à Rádio Folha.

Ele disse que não conhece a secretária Yanne Teles, contudo acredita que ela tem potencial para realizar um bom trabalho. Também afirmou que não é amigo e nem inimigo de Raquel Lyra. “Temos uma relação à distância”, disse, lembrando que nunca é convidado para nada.

O deputado revelou, inclusive, que não recebeu convite para a posse de Yanne Teles, ontem. “Não fui convidado e não iria. Quero deixar isso claro, não pela secretária, mas pela forma como a questão foi conduzida”, disse Gilmar. O parlamentar falou que respeita Clodoaldo Magalhães e que se sente livre e à vontade para não ser contaminado pelas amarras. Os dois ainda conversaram sobre esse novo momento.

Gilmar Júnior fez questão de dizer que é cientista político e tem mestrado na área de gestão em saúde. Por isso tem como ajudar.  Sua maior bandeira é em defesa da categoria da Enfermagem, da qual faz parte.

“Raquel não cumpre promessas. Prometeu cuidar da enfermagem e não cumpriu”, salientou Gilmar. Na sua opinião, a categoria precisa de um plano de valorização da carreira e salarial. Segundo ele, basta que a lei seja cumprida.

O deputado também alertou que a saúde em Pernambuco “é um caos”. “Ela entrega um leito aqui, outro ali, mas o buraco é maior”, disse. Na sua opinião, entregar leitos hospitalares não é benemérito, mas obrigação. Gilmar Júnior reconhece que os problemas vêm de outras gestões, no entanto observou que Raquel Lyra foi eleita governadora para resolve-los.

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