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Candidato a prefeito do Recife pelo PSD, Daniel Coelho não poupa críticas à, segundo ele, deficiência dos atendimentos na rede municipal de saúde. O social-democrata pretende, se for eleito, fazer parcerias com a iniciativa privada para garantir 100% de cobertura em toda a cidade. A promessa foi feita durante e entrevista à Rádio Folha, nesta terça-feira (20).
Coelho disse que essa participação deve ser temporária, porque não tem como resolver os problemas logo que assuma a Prefeitura. Por conta disso, avisa que fará concurso público para preencher os quadros da saúde recifense. “Sei que é difícil resolver os problemas da saúde, mas não dá para jogar os pacientes nos hospitais públicos. O sistema fica todo prejudicado”, afirmou.
Entre os dados apresentados, Daniel citou que o Recife é a “segunda cidade que mais esquece e deixa de atender as mulheres grávidas”. “Apenas 32% são atendidas”, acrescentou. Disse também que 26% da cidade não tem cobertura de unidades e agentes de saúde e que, apesar da primeira consulta nas USFs ser rápida, os pacientes esperam seis meses para realizar os exames. O candidato prometeu implantar o Programa Sorriso Feliz, na área de odontologia, garantir apoio à saúde mental e voltar com o atendimento por 24 horas.
SEGURANÇA
Na segurança, Daniel Coelho reiterou que aumentará o efetivo da Guarda Municipal e irá arma-la para apoiar a Polícia Militar. “Vamos armar a Guarda e economizar na contratação de segurança privada. Não é milagre e nem isso vai resolver o problema da segurança, mas o município tem que fazer a sua parte”, assinalou.
Na sua opinião, o prefeito João Campos (PSB) errou ao tratar o Compaz como instrumento de redução da violência, porque não há números que indiquem isso. Ele vê o Compaz como equipamento social.
Outra crítica de Daniel Coelho é sobre as creches, que o prefeito exalta pelo fato de ter duplicado o número de vagas em quatro anos. O candidato oposicionista avalia que muitas creches comunitárias conveniadas com a Prefeitura do Recife não têm o padrão exigido pelo Ministério da Educação e nem há uma fiscalização eficiente. “A parceria tem que haver, mas é preciso estar no padrão do MEC. Não basta inflar os números”, disparou.
PESQUISAS
O candidato do PSD acredita que estará no segundo turno porque, ao longo da campanha, o eleitor poderá avaliar “se a cidade está avançando ou não”. “Recife tem um histórico de eleições difíceis. Vai ter segundo turno e eu estarei no segundo turno”, cravou.
Na avaliação de Daniel Coelho, “há uma aprovação ao atual prefeito, mas não pela gestão, e sim por uma comunicação bem feita”.