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A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS), por meio da Corregedoria Geral, informa que foi instaurado um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar uma suposta conduta irregular atribuída ao presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco, Áureo Cisneiros. De acordo com a Corregedoria, a abertura do processo foi fundamentada na Lei Estadual nº 11.929/2001, após a identificação de indícios suficientes de autoria e materialidade.
“A apuração está sob responsabilidade de uma Comissão Permanente de Disciplina, que atuará com imparcialidade e respeito ao devido processo legal, garantindo ao servidor o direito à ampla defesa e ao contraditório”, informa a Corregedoria Geral.
“Por força de normas legais e em respeito à intimidade, honra e imagem do investigado, não serão fornecidos outros detalhes neste momento. A Corregedoria reforça que todo o procedimento seguirá os princípios da legalidade e da presunção de inocência”, acrescenta a nota enviada pela assessoria de imprensa.
RESPOSTA
Também através de nota, o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, repudiou a abertura do do processo administrativo. A nota foi enviada pelo sindicato. “O SINPOL repudia com veemência o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado contra o presidente do sindicato, Áureo Cisneiros, por liderar a luta vitoriosa dos policiais civis pela Paridade e Integralidade e por denunciar as delegacias improvisadas, sem estrutura alguma de funcionamento, nos diversos municípios do Estado”.
“O Presidente do SINPOL tem o direito, legitimidade e obrigação de criticar os erros, salários baixos e as péssimas condições de trabalho dos Policiais Civis. As críticas foram e continuarão sendo feitas no exercício de sua atividade sindical”, diz o texto.
“Este PAD é uma afronta à liberdade de expressão e uma tentativa de intimidar quem luta pela valorização dos Policiais Civis de Pernambuco e surge justamente após os anúncios da construção da minuta da Lei Orgânica e campanha salarial da categoria”, afirma o sindicato.
“A governadora Raquel Lyra demonstra, mais uma vez, seu autoritarismo e sua incapacidade de diálogo, perseguindo quem denuncia a falta de estrutura na Policia Civil, a falta de transparência e a maquiagem na divulgação dos dados criminais utilizados distorcidamente como propaganda eleitoral, em detrimento da vida da população e do trabalho das forças policiais”, continua a nota.
“Há uma insistência em governar sem ouvir a população e suas instituições representativas. Há uma lamentável persistência na manutenção piorada da política do governo anterior, inclusive nomeando para comandar a Secretaria de Defesa Social a mesma pessoa que, na gestão anterior, foi demitido justamente após as denúncias do SINPOL pela sua inoperância e falta de compromisso com a segurança pública”, reage o o sindicato.
“A perseguição a lideranças sindicais não silenciará a luta dos policiais civis por valorização e melhores condições de trabalho. Pelo contrário, enquanto providências não forem tomadas, o SINPOL continuará mostrando a dura realidade nas delegacias e demais unidades policiais do estado e não irá recuar na contrução coletiva da minuta da Lei Orgânica e campanha salarial”, garante o sindicato.
“O PAD ilegal comprova que este governo não suporta a crítica e tenta impor o medo, ao invés de enfrentar os problemas reais que colocam Pernambuco entre os estados mais violentos do Brasil. O SINPOL seguirá firme na defesa intransigente da categoria, não abandonará a luta por Uma melhor segurança pública para o povo pernambucano e não aceitará intimidações de quem tem medo da verdade”, conclui o Sindicato dos Policiais Civis.