Na peleja entre policiais militares e bombeiros e o Governo do Estado quanto ao prazo para a extinção das faixas salariais, tem conta que não está batendo. Os deputados estaduais defensores de que seja neste ano, em três etapas, alegam que tem dinheiro porque aprovaram R$ 150 milhões no orçamento. O Governo, por sua vez, argumenta que o escalonamento tem de ser até 2026 porque o custo é de R$ 1 bilhão. Para acabar com a primeira faixa, neste ano, estão previstos R$ 97,3 milhões. Em 2025 serão mais R$ 293,5 milhões e para zerar de vez, em 2026, o custo ficará em R$ 610,4 milhões. PMs e bombeiros querem que o Governo retire a proposta de pauta, mas isso tende a ser rejeitado. E o deputado Joel da Harpa (PL) defende a aprovação de um projeto substitutivo. Na próxima terça-feira, a CCJ da Alepe vai colocar o projeto original em votação sob muita pressão porque as duas categorias estarão presentes para que os deputados aliados do Palácio se sintam acuados. Presidente da CCJ, Antônio Moraes (PP) se mostra surpreso com os socialistas que agora alegam inconstitucionalidade das faixas salariais, criadas no Governo do PSB. Lembra ainda que o dinheiro extra no orçamento para a segurança está prestes a deixar de existir porque o Governo recorreu ao STF. O recurso já tem votos favoráveis de quatro ministros e basta mais um para ser aceito.
Investigações travadas
O presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco, Diogo Victor, se mostra preocupado porque vários delegados estão sem o certificado digital que dá acesso às investigações de lavagem de dinheiro e aos inquéritos policiais. Segundo ele, há risco de, em até 60 dias, haver o travamento das investigações em todo o Estado.
Entregas de Raquel
Na questão da segurança, a governadora Raquel Lyra (PSDB) faz duas entregas hoje. No Recife, inaugura o Laboratório de Perícia Papiloscópica Forense, na sede do Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB). E o Complexo Policial de Limoeiro, à tarde.
Agora vai
Depois de passar um ano recebendo críticas por conta do sistema de saúde, o Governo do Estado decidiu contratar a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein. A consultoria vai apontar soluções para os grandes hospitais.
Ficou mais difícil
O deputado Luciano Bivar vai querer continuar brigando pelo comando do União Brasil, mas dificilmente terá êxito. O placar de 11 a 5 contra ele foi significativo e a confusão está muito grande. A próxima etapa certamente é a expulsão do partido. A assessoria jurídica do parlamentar avalia quais medidas vai tomar.