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Do Correio Braziliense
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi levado ao Hospital Albert Einstein, em São Paulo, na manhã deste sábado (7/9) depois de passar mal. Segundo fontes próximas, ele estaria com sintomas de gripe e teria sentido falta de ar. Apesar do estado de saúde, Bolsonaro mantém a agenda e discursará no ato pró-impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes esta tarde na Avenida Paulista.
O pastor evangélico Silas Malafaia, que é um dos organizadores da manifestação da Paulista, falou ao Estadão: “Bolsonaro não vai falar [sobre as investigações] porque está em inquérito. Mas ele vai falar sobre o que está acontecendo no Brasil, cerceamento de liberdades, sem tocar no Alexandre de Moraes”. O pedido de impeachment de Moraes deve ser protocolado no Congresso Nacional na próxima segunda-feira (9).
O ato na capital paulista foi convocado por Bolsonaro e apoiadores da extrema-direta para este 7 de setembro, com objetivo principal de pedir o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Desde cedo, manifestantes se reúnem na Avenida Paulista segurando cartazes e vestindo camisas contra Alexandre de Moraes. Textos com “Fora STF”, imagens simulando o ministro preso e pedidos de anistia para os presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando os prédios dos Três Poderes foram invadidos e destruídos, estão entre as mensagens mais disseminadas pelos manifestantes.
O ministro do STF é alvo críticas de bolsonaristas desde o governo passado. Bolsonaro, que é investigado em inquéritos relatados por Moraes, chegou a chamar o magistrado de “canalha” no 7 de Setembro de 2021. Os ataques se intensificaram nas últimas semanas por conta da suspensão da X (antigo Twitter), que gerou uma tensão entre o governo e bilionário Elon Musk.
Desde sua ida ao hospital, Bolsonaro não atualizou mais as suas redes sociais. Na última postagem, feita há 6 horas, ele confirmava sua presença na manifestação às 14h:
“Estarei na paulista participando de um grande ato em defesa da nossa liberdade”, escreveu. Ele pediu aos seus apoiadores não comparecerem em nenhum ato cívico patrocinado pelo governo federal.