No próximo sábado, o Brasil comemora mais um 7 de Setembro para marcar a independência de Portugal, mas, nos últimos tempos, a data deixou de ser lembrada apenas por esse marco histórico. Virou cenário de disputa ideológica e, para piorar, será usada em São Paulo como cabo de guerra eleitoral. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma convocação aos apoiadores para que compareçam na Avenida Paulista a fim de engrossarem o pedido de impeachment do ministro do STF, Alexandre de Moraes. Advertido, o próprio Bolsonaro teria dado uma ré para esse não ser mais o motivo principal do evento. O problema é que seus seguidores já estão decididos e afirmam ter mais de um milhão de assinaturas defendendo o impeachment de Moraes. Quem garante é o senador licenciado Rogério Marinho (PL-RN). “No dia 9, às 16h, estaremos aqui, deputados, senadores e sociedade civil, para materializarmos esse gesto que está amparado na Constituição, já que é o Senado que tem o dever de sair da inércia e permitir que a sociedade possa avaliar essas medidas heterodoxas ao longo dos últimos anos”, disse Marinho. Paralelamente à peleja contra o ministro do STF, os candidatos a prefeito de São Paulo, o atual gestor Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB), também querem aproveitar o 7 de Setembro. Nunes deseja estar ao lado de Bolsonaro, que agora tem restrições à sua reeleição. Marçal também foi convidado. O oposicionista, que no momento não está tão próximo a Bolsonaro, mantém o mistério. Não se pode descartar, inclusive, que ele faça um ato à parte. Marçal alertou que, se Jair Bolsonaro atacar Alexandre Moraes, poderá ser preso. Em Brasília, o presidente Lula (PT) comandará o evento oficial. O fato curioso é que o Planalto desistiu de convidar o MST para o desfile.
Arthur se manterá forte
Deputados que acompanham a disputa pela presidência da Câmara Federal acreditam que o atual mandatário conseguirá fazer o sucessor, principalmente, após o acordo que está sendo costurado com o presidente Lula e Jair Bolsonaro (PL) em torno do deputado Hugo Motta (Rep/PB). Apesar de estar no final do mandato, o cafezinho de Arthur chega quente. E ele ainda pode ser contemplado com um ministério.
Apoio da Sudene
A retomada do Centro do Recife, quer seja com moradias ou negócios, está na pauta dos candidatos a prefeito e, ontem, ganhou a Sudene como aliada. Danilo Cabral garantiu financiamento para obras de retrofit para estruturar imóveis históricos na Região Nordeste.
Pista única em Boa Viagem
Entre as propostas apresentadas pelo candidato a prefeito Gilson Machado (PL) está a retirada do canteiro central da avenida Domingos Ferreira, em Boa Viagem, para melhorar o fluxo de veículos na Zona Sul do Recife. Promete replantar as árvores em outros locais.
Recado de Raquel Lyra
No evento que esteve recentemente com seu candidato à Prefeitura do Recife, Daniel Coelho, a governadora Raquel Lyra (PSDB) soltou uma frase direcionada ao prefeito João Campos (PSB). “Nossa preocupação não é com a próxima eleição, é com as próximas gerações. O voto é resultado do trabalho que a gente faz”, disse. Em alguns atos de campanha, João já é chamado de futuro governador.