Faltam 16 dias para as eleições do Recife e o cenário se encaminha para nada se alterar até 6 de outubro, vide a pesquisa do Datafolha de ontem, na qual João Campos (PSB) tem 76% das intenções de votos. Se realmente nada mudar, quando forem computados os votos válidos, a vitória será na casa dos 80%. E o prefeito demonstra que não dá chance ao azar, mantendo uma agenda intensa, como ele mesmo disse, ontem, ao chegar no lançamento do livro Miguel Arraes – Histórias de lá e de cá. “Desde o momento que assumimos a Prefeitura o sentimento é de trabalho…Foram quatro anos de trabalho e vamos seguir com a campanha intensa”, disse. E, apesar de estar disparado na liderança, garantiu que irá aos debates das TVs Jornal e Globo, nas vésperas das eleições. Ninguém tem dúvida de que João Campos será alvejado por tudo que é lado por Gilson Machado (PL), Daniel Coelho (PSD) e Dani Portela (Psol). Os assuntos, por sinal, ele já sabe muito bem quais serão e, certamente, ou não dará atenção ou dará justificativas sobre o caso das creches, saúde, Recife sem filtro, capital do desemprego e a segunda mais desigual do País. Tudo que os concorrentes vêm batendo desde o início oficial da campanha, mas que não surtiu efeito. Nem João desidratou, nem os adversários se tornaram ameaçadores. Gilson foi quem apresentou um crescimento, só que a aposta no voto da direita conservadora não se transformou em realidade. A não ser que exista de forma silenciosa e apareça nas urnas. Quanto a Daniel Coelho, até o momento as críticas à gestão não funcionaram e Dani Portela não conseguiu a adesão dos petistas inconformados com o fato de a vice de João ter ficado com o PCdoB. A esses, restam 17 dias para gastar as últimas munições.
Tranquilidade de ambas as partes
Ontem, o vereador Davi Muniz disse estar tranquilo em assumir a vaga de deputado estadual, mesmo tendo trocado o PSB pelo PSD, e só aguarda a convocação do presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB). Já o presidente do PSB, Sileno Guedes, também se diz tranquilo de que o partido ficará com a cadeira que era de José Patriota. Só espera a vacância ser oficial, na terça-feira, para o jurídico do partido começar a agir.
Lançamento prestigiado
Foi muito prestigiado o lançamento do livro Miguel Arraes – Histórias de lá e de cá, escrito por Lula Arraes e Ítalo Rocha, na noite de ontem. Ótima opção de leitura para quem deseja reviver e conhecer a história de um dos maiores líderes que a política brasileira já teve.
Uma das histórias
No livro de Lula Arraes e Ítalo Rocha, tem um episódio marcante: “Arraes levantou-se e foi atender o telefone. Viu-se logo que era coisa séria. Baixou o fone: Marighella foi assassinado. Seu rosto era de dor”. A data era 4 de novembro de 1969 e Miguel Arraes estava exilado na Argélia.
Aguardando o julgamento
Aliados do candidato a prefeito de Camaragibe pelo Republicanos, Diego Cabral, estão na expectativa sobre o julgamento do recurso apresentado ao TRE, para que ele tenha o registro regularizado. A oposição o denunciou por continuar “exercendo” a função de secretário municipal, mesmo depois de ser exonerado no prazo legal. Diego continua em campanha normalmente. Julgamento deve ocorrer terça-feira.