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Vereadores reconhecem oficialmente comunidades quilombolas em Exu

Foto: Divulgação

A Câmara Municipal de Exu aprovou, por unanimidade dos 12 vereadores presentes na sessão, o Projeto de Lei nº 33/2025, de autoria da vereadora e presidente da Casa, Fafá Saraiva (PP), que reconhece oficialmente a existência de comunidades quilombolas no município. A medida garante visibilidade, preservação cultural e incentivo a políticas públicas voltadas à igualdade racial. O texto aprovado já foi sancionado pelo prefeito de Exu, Júnior Pinto (PSD).

Entre as comunidades reconhecidas, está a localizada no povoado Baixio do Meio, onde vivem 74 famílias; aproximadamente 250 moradores, entre crianças e adultos. O reconhecimento é considerado um passo essencial para assegurar acesso a políticas públicas, reduzir a vulnerabilidade social e fortalecer a identidade cultural desses grupos.

O município de Exu é berço de diversas comunidades quilombolas, situadas principalmente na zona rural, como no entorno das serras e áreas de difícil acesso. Essas comunidades preservam tradições seculares, expressas na música, culinária, religiosidade e práticas agrícolas que atravessam gerações.

O texto prevê que o Executivo municipal promova ações que assegurem a valorização da memória e dos direitos das comunidades quilombolas, além de possibilitar a celebração de parcerias com órgãos públicos e privados para o desenvolvimento de projetos em áreas como educação, saúde, cultura e infraestrutura.

Para a presidente da Câmara, vereadora Fafá Saraiva, o reconhecimento é fundamental para a identidade do município. “Os quilombolas representam resistência, história e cultura. Reconhecer oficialmente essas comunidades é um ato de justiça e um compromisso com a diversidade que molda Exu e o Brasil”, afirmou.

Participaram da sessão os vereadores Fafá Saraiva (PP), Andréa de Ruga (PP), Quexim do Exu (PV), Antonio Parente (PV), Davi Moreira (Rede), Dra. Emanuela Saraiva (PP), Fagluzé Saraiva (PT), Gean Bastião (PSB), Jurandir Severo (PP), Roberto Bento (PSB), Rodrigo Amaro (Avante) e Jean de Léo (PP).

Sobre os Quilombos

Os quilombos foram comunidades formadas originalmente por negros escravizados que fugiam das fazendas de engenho durante o período colonial e imperial. Nesses territórios, erguiam sistemas próprios de organização social, política, econômica e cultural, baseados na coletividade, no trabalho agrícola e na preservação de tradições africanas. O mais conhecido deles foi o Quilombo dos Palmares, em Alagoas, símbolo da resistência negra no Brasil.

Com o passar dos séculos, muitos quilombos se consolidaram em áreas rurais, transmitindo valores culturais, religiosos e de solidariedade entre gerações. Hoje, as comunidades quilombolas são reconhecidas pela Constituição de 1988 e pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) como grupos étnico-raciais com direito à preservação de seus territórios, culturas e modos de vida. Em Exu, esse reconhecimento local reforça a importância histórica e contemporânea dessas comunidades para a formação da identidade do município e do país.

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