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Trump e Kamala disputam uma das eleições mais tensas da história

Do Correio Braziliense

Em uma das eleições mais imprevisíveis das últimas décadas, o republicano Donald Trump, 78 anos, e a democrata Kamala Harris, 60, chegam em igualdade de condições na disputa pela Casa Branca. “É bem provável que quem levar os 19 delegados da Pensilvânia ganhará as eleições”, admitiu ao CorreioRogers M. Smith, professor de ciência política da Universidade da Pensilvânia. Um dos sete estados-pêndulo (que alternam a preferência entre os dois principais partidos dos Estados Unidos), a Pensilvânia foi escolhida por Kamala para encerrar a campanha ao lado de dois nomes de peso da música pop: Katy Perry se apresentou em Pittsburgh e Lady Gaga e Ricky Martin, na Filadélfia. Antes, a ex-senadora visitou Allentown, no mesmo estado.

Por sua vez, Trump fez comício em Reading, também na Pensilvânia, em Raleigh (Carolina do Norte) e em Grand Rapids (Michigan). Uma pesquisa realizada pela NPR, PBS News e Marist Poll mostra que Kamala tem 51% dos votos contra 47% para o adversário, em âmbito nacional.

No último dia de campanha, prevaleceu a cautela. Conselheiros imploraram a Trump que adotasse um tom mais conciso e evitasse insultar Kamala. Em comício diante de dezenas de eleitoras que ostentavam cartazes na cor rosa com a inscrição “Mulheres por Trump”, em Reading, o republicano clamou: “Temos que sair amanhã (5/11) e votar, votar e votar”. “Vocês construíram este país e também podem salvá-lo”, disse.

“Vou fazer a vocês uma pergunta muito simples: vocês estão melhores agora do que quatro anos atrás?”, questionou Trump, antes prometer deter a inflação, impedir a entrada de “criminosos” no país e devolver o “sonho americano”. “Espero por isso há quatro anos! Você também!”, declarou.

Mais uma vez, o republicano jogou as fichas na retórica contra a imigração ilegal: “Temos gente incrível neste país. Não podemos deixar que esses selvagens venham de outros países.” Em outro evento, em Raleigh, insistiu: “Se formos todos votar, não haverá nada que possam fazer”.

Apesar dos apelos da campanha, Trump voltou a dizer que “Kamala quebrou o país” e que ele irá consertá-lo. Nos Estados Unidos, o voto é facultativo. Ele também ameaçou a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, ao avisar que vai impor “imediatamente uma tarifa de 25% a tudo o que enviarem aos Estados Unidos”, caso o México não interrompa o que classificou de “investida de criminosos e drogas” pela fronteira. “O México se tornou nosso parceiro comercial número um, e eles estão nos enganando a torto e a direito, é ridículo. Se 25% não derem resultado, vou impor 50%. Se isso não funcionar, 75%”, advertiu.

Depois de uma campanha nervosa, em que o republicano escapou da morte depois de ser baleado de raspão na orelha, os Estados Unidos deverão conhecer o próximo presidente até amanhã (6/11) ou nos próximos dias. Nas eleições norte-americanas, vence o partido que conseguir 270 dos 538 votos de delegados do Colégio Eleitoral.

Cada estado tem tantos delegados quanto congressistas na Câmara de Representantes (número determinado pela população) e no Senado (dois por estado). A Califórnia, por exemplo, tem 54 e o Texas, 40. Vermont, Alasca, Wyoming e Delaware têm apenas três. Em todos os estados, exceto em dois (Nebraska e Maine, que decidem por representação proporcional), o candidato mais votado leva todos os votos dos delegados.

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