Foto: Reprodução/TV Alepe
Uma situação inusitada aconteceu, na tarde desta quarta-feira (21), na Assembleia Legislativa, que resultou no adiamento da aprovação do médico veterinário Moshe Dayan como presidente da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro). Ele, inclusive, foi motivo de trégua entre o Governo do Estado e a oposição, no entanto não havia deputados suficientes no plenário para somar os 25 votos necessários.
Dos 19 que deram presença apenas três eram da base governista. E os opositores estavam dispostos a aprovar a indicação. De acordo com o deputado Antônio Moraes (PP), a proposta deverá ser pautada na reunião da próxima terça-feira. Consequentemente, a governadora Raquel Lyra (PSD) levará mais tempo para nomear Moshe e a Adagro continuará mais alguns dias sem presidente. Pela manhã, o nome de Moshe foi aprovado por unanimidade na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ).
O presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB), decidiu, inclusive, destravar a pauta ordinária, atendendo ao apelo da Associação Avícola de Pernambuco (Avipe), diante da crise causada pela gripe aviária e a necessidade de a Adagro ter um presidente.
A oposição aproveitou a situação para culpar o Governo pela falta de quórum. Da tribuna, o deputado Júnior Matuto (PSB) acusou o secretário da Casa Civil, Yuri Coriolano, de orientar a bancada governista a esvaziar o plenário. O socialista salientou que o setor avícula está passando por um momento preocupante, devido à gripe aviária. E por isso a Assembleia Legislativa se prontificou a aprovar o nome de Moshe.
Antônio Moraes, que marcou presença, afirmou que não recebeu qualquer determinação nesse sentido. Segundo ele, muitos parlamentares estão em Brasília prestigiando a 26ª Marcha dos Prefeitos e até mesmo participando de um evento na Argentina. O Blog Dantas Barreto tentou contato com o secretário Yuri Coriolano, mas não houve retorno.