Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados
A Câmara Federal encerra a legislatura de 2025 talvez com mais pontos negativos do que positivos. Deputados foram cassados, seja por terem sido condenados ou por faltas, outros viraram alvos da Polícia Federal por suspeita de desvios de recursos. As emendas parlamentares também estiveram no foco da PF e do Supremo Tribunal Federal (STF), justamente porque alguns nobres parlamentares fizeram uso indevido dos recursos que saem do bolso do contribuinte. Mas, apesar de o Judiciário e agentes federais estarem marcando em cima, parece que prevalece o sentimento de impunidade. E em ano eleitoral, os deputados federais e senadores poderão indicar R$ 61 bilhões através de emendas. São mais de R$ 10 bilhões além do que tiveram em 2025. Não é à toa que se houve falar muito no favoritismo de quem já tem mandato. A final de contas, já parte com uma grande vantagem financeira em relação aos concorrentes que estão de olho nas vagas. Só neste ano que está terminando, cada senador indicou R$ 68,5 milhões e deputados tiveram R$ 37,2 milhões para emendas individuais além de R$ 11,5 bilhões para emendas de comissões. Como se isso não bastasse, os congressistas garantiram uma bolada para o Fundo Eleitoral em 2026. Enquanto o Governo Federal propôs R$ 1 bilhão para os gastos nas eleições, os parlamentares aprovaram R$ 5 bilhões. E para se lamentar ainda mais, serão recursos retirados de políticas públicas como saúde, educação e assistência social.
Vetos na pauta da Alepe
Segunda-feira tem votação na Assembleia Legislativa dos possíveis vetos que a governadora Raquel Lyra (PSD) fará em trechos do Orçamento 2026 de Pernambuco. Entre os quais o limite de 10% para remanejamento de créditos. Isso foi aprovado com votos governistas porque na votação da LDO e LOA não é possível apresentar destaques. O Governo tem maioria para acatar os vetos.
Mais veto
Outro trecho do orçamento que deverá ser vetado por Raquel Lyra é o que se refere aos R$ 34 milhões para aquisição de equipamentos individuais dos agentes comunitários de saúde e de endemias. A proposta aprovada é de autoria do deputado estadual Antônio Coelho (UB).
Reforços no PSD
O PSD ganhará mais três prefeitos, nesta segunda-feira, durante ato de filiação. Um dos esperados é Mano Medeiros, de Jaboatão, que foi eleito pelo PL. A chegada desses novatos compensam as perdas dos prefeitos de Xexéu e de Jupi, que passaram para o campo da oposição.
Jovens são os mais divididos
Na pesquisa Atlas Intel onde João Campos (PSB) aparece como 5º prefeito mais aprovado nas capitais, um fato chama a atenção. A menor diferença está entre jovens de 16 e 24 anos: 50,2% aprovam e 49,4% reprovam. Mas se dá bem entre as pessoas de 45 a 59 anos: 75% aprovam João Campos e outros 26% reprovam.