Do Congresso em Foco
Nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (5), revela que a disputa pelo Planalto ficou mais acirrada para o presidente Lula (PT), que agora enfrenta empates técnicos e cenários mais equilibrados com seus principais adversários. O levantamento ouviu eleitores entre os dias 29 de maio e 1º de junho.
No confronto mais simbólico da polarização política um eventual segundo turno entre Lula e Jair Bolsonaro (PL), a pesquisa registra empate técnico absoluto: ambos têm 41% das intenções de voto. Outros 13% votariam em branco ou nulo, e 5% estão indecisos. Bolsonaro, no entanto, está inelegível. Na pesquisa anterior, de março, Lula tinha 44% e Bolsonaro, 40%.
O quadro marca uma redução da vantagem que Lula apresentava em março, quando o presidente somava 44%, contra 40% de Bolsonaro.
Nos cenários com possíveis substitutos de Bolsonaro, o cenário também se apertou. Veja:
- Lula x Tarcísio de Freitas (Republicanos): 41% a 40% (era 43% a 37%, em março)
- Lula x Michelle Bolsonaro (PL): 43% a 39% (44% a 38%, em março)
- Lula x Ratinho Júnior (PSD): 40% a 38% (42% a 35%, em março)
- Lula x Eduardo Leite (PSD): 40% a 36% (44 a 35%, em março)
Em todos esses casos, as diferenças estão dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais, o que confira empate técnico entre os candidatos.
A pesquisa indica que Lula ainda mantém vantagem mais confortável sobre outros nomes da direita:
- Lula x Eduardo Bolsonaro (PL): 44% a 34% (45% a 34%, em março)
- Lula x Romeu Zema (Novo): 42% a 33% (43% a 31%, em março)
- Lula x Ronaldo Caiado (União Brasil): 43% a 33% (44% a 30%, em março)
Rejeição consolidada
Para o diretor da Quaest, Felipe Nunes, há uma rejeição consolidada em relação a Lula e Bolsonaro. “Só de ser o anti-Lula o candidato já tem potencial de 40%. Assim como o candidato anti-Bolsonaro tende a ter potencial de 45%. O medo de que o outro lado vença, força uma escolha pela rejeição”, explica.
Mesmo liderando numericamente, Lula enfrenta um cenário de resistência crescente. Apenas 32% dos entrevistados defendem que ele busque a reeleição, contra 66% que preferem que não concorra.
Do lado da direita, 65% dos eleitores acham que Bolsonaro deveria abrir mão da candidatura e apoiar outro nome. Michelle é a preferida dos bolsonaristas para substituir Bolsonaro; enquanto Tarcísio é o nome mais defendido por eleitores da direita não alinhados com o ex-presidente.
O levantamento da Quaest foi realizado presencialmente entre os dias 29 de maio e 1º de junho de 2025, com 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais. A margem de confiança da pesquisa é de 95%.