A Federação Psol/Rede não chegou ao consenso, nessa segunda-feira (15), sobre quem disputará a Prefeitura do Recife e foi estabelecido como novo prazo o dia 30 de abril. Dos dois postulantes, apenas a deputada estadual Dani Portela (Psol) se inscreveu, enquanto o federal Túlio Gadelha (Rede) não. Ele agora tem até o dia 25 para apresentar a documentação. O deputado defende que a decisão sobre a candidatura fique a cargo da Executiva Nacional da federação.
Na Rede, contudo, também há divergências, tanto que Alice Gabino fez inscrição para a vaga de vice. Diante do impasse, foi criado o Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) para articular o entendimento interno. “A ideia é exaurir o debate até que possa se chegar a um convencimento e a decisão seja apresentada de forma conjunta. Evidentemente, se não se chegar a um consenso, o colegiado vota e se exerce a proporcionalidade”, relata a presidente da Federação, Luiza Carolina.
A pré-candidata Dani Portela admitiu que a decisão poderia ser tomada ontem, já que ela teria a maioria dos votos. No entanto, concordou em prorrogar o prazo de debate que foi pedido pelos integrantes da Rede. “O Psol não vê problema em ampliar o tempo do debate, mas o que não pode é mudar a regra do jogo”, salientou a deputada.
Dani avalia que a sua candidatura é necessária para que haja uma opção mais a esquerda do prefeito João Campos (PSB) e não vê essa possibilidade sendo Túlio Gadelha por ele ser aliado da governadora Raquel Lyra (PSDB).
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Dentro de uma federação partidária, a política se revela como a arte de articular melhorias para a sociedade. Nesse contexto, a escolha democrática de um candidato a prefeito é crucial. No entanto, a candidata Dani enfrenta uma situação desafiadora ao concorrer contra o candidato do PSB, João Campos. A amizade entre eles, além de pertencerem à mesma base de oposição ao governo do Estado de Pernambuco (PSDB), torna a candidatura de Dani improvável.
O candidato mais viável, considerando todas as perspectivas, é o Deputado Túlio Gadelha, da REDE. Ele reúne as condições necessárias para competir com João Campos, que já sinalizou ter receio de concorrer contra Túlio Gadelha. Enquanto Campos utiliza a máquina política e promove uma política ilusória, deixando a cidade com problemas na educação, saúde e segurança, Túlio Gadelha se destaca como uma alternativa mais sólida. Sua candidatura representa uma esperança de mudança, afastando-se das práticas tradicionais e buscando soluções efetivas para os desafios enfrentados pela cidade do Recife.
Em resumo, a política em uma federação partidária exige análise criteriosa e escolhas estratégicas. A candidatura de Dani pode ser vista como uma surpresa desfavorável para os recifenses, mas é Túlio Gadelha quem apresenta as melhores condições para enfrentar João Campos e oferecer uma gestão mais eficiente e comprometida com o bem-estar da população recifense.