Foto: Sidney B. Carneiro/Divulgação/Adufepe
Os professores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) decidiram encerrar a greve, a partir do dia 1º de julho, após quase três meses de paralisação. No próximo dia 27, os professores da UFPE participarão de uma assembleia geral extraordinária para decidir se continuam ou não em greve. Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe) sinaliza que a maioria deve deve acompanhar os colegas da Rural e também retornarão ao trabalho. Apesar de o Governo Federal manter a posição de não dar reajuste salarial neste ano, os representantes da categoria entendem que o movimento grevista conseguiu avançar nas negociações.
A assembleia está marcada para as 9h, no Auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), na sede do sindicato, no campus Recife. Professores e professoras responderão à pergunta: “Você concorda que os docentes da UFPE saiam da greve?”. O Governo anunciou que a categoria terá 9% de aumento em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.
A presidente da Adufepe, professora Teresa Lopes, admitiu que a greve cumpriu sua missão. “O Governo cedeu em várias outras demandas da nossa categoria. Continuamos considerando reajuste zero em 2024 muito ruim, mas nós temos responsabilidade para com a sociedade, em especial com os alunos. No final das contas, a decisão está nas mãos dos professores”, salienta Teresa.
Apesar de a pauta do reajuste salarial não ter sido plenamente atendida, a Adufepe considera que outras demandas da categoria foram atendidas. Cita a recomposição do orçamento das universidades; a garantia de uma permanência de qualidade para os estudantes; a revogação da Portaria 983/2020, que aumentava a carga horária dos profissionais de ensino de institutos federais e colégios de aplicação; reajustes em benefícios como auxílio alimentação, saúde suplementar e creches; as 5.600 bolsas de permanência para estudantes quilombolas e indígenas; o anúncio do PAC das Universidades, que vai destinar R$ 5,5 bilhões para expansão; e criação de novos campi em todo o Brasil, incluindo um em Sertânia.