A ministra da Mulher, Cida Gonçalves, chegou ao Recife, nesta quinta-feira (22), e tem agendas até sábado com o objetivo de discutir ações de apoio às mulheres. Amanhã, estará com a governadora Raquel Lyra (PSDB) assinando ordem de serviço para a construção de três Casas da Mulher no Recife, Petrolina e Caruaru. Conversando com o Blog Dantas Barreto, a ministra ressaltou a necessidade da união de toda a sociedade para combater a violência contra as mulheres no País.
Blog – Ministra, os casos de violência contra as mulheres realmente têm aumentado no Brasil?
Blog – Como está sua agenda no Recife?
Blog – Muitos dos casos de violência contra mulheres são praticados por maridos, ex-companheiros, dentro de casa, por vizinhos. E muitas vezes se cobra da polícia. A polícia tem como evitar?
Cida – A polícia tem uma parcela de responsabilidade. Não pode desfazer dos casos das mulheres, quando chegam para fazer uma denúncia, desmerecendo as denúncias. Acho que isso tem sido motivo que tem feito as mulheres a não fazerem as denúncias. Mas nós precisamos envolver as empresas, a sociedade, os vizinhos, amigos, parentes e o Estado. Precisamos da assistência social envolvida, a saúde, a segurança pública, todos os serviços do Estado brasileiro para enfrentar esse problema, porque senão não vamos dar conta.
Blog – E como conseguir esse mutirão?
Blog – No final do ano passado, uma pesquisa apontou que em primeiro lugar está a violência psicológica, depois a física, patrimonial e sexual. É essa a sequência?
Cida – Dependendo muito do Estado, da realidade, da região, é essa a sequência. Tem um fator importante na questão da violência psicológica, da violência moral. Porque muitas vezes não acreditamos nelas, na ameaça. Mas quem ameaça, quem pratica a violência psicológica, é aquele que mata.
Blog – Quais os planos para 2024?
Cida – Temos muita coisa para fazer. Fortalecer a rede de atendimento, construir as 40 Casas da Mulher Brasileira, construir uma política de autonomia econômica, para que elas possam ter condições, se quiserem sair da situação. Gerar emprego, inclusão, inclusão digital, fazer com que as mulheres de fato tenham todas as condições de ir e vir.