Foto: Ricardo Stuckert/PR
Por: Pedro Venceslau
Da CNN Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu os principais caciques do PSB para um longo almoço no Palácio da Alvorada, na última quarta-feira (23). O encontro marcou sua entrada direta nas articulações eleitorais para 2026.
Antes de o buffet ser servido, Lula foi direto ao ponto:
— Vou começar a falar de eleições com meu parceiro principal — disse o petista ao prefeito de Recife e presidente do PSB, João Campos, ao vice-presidente Geraldo Alckmin, ao líder do PSB na Câmara, Pedro Campos, e ao ministro Márcio França, segundo relato de participantes à CNN.
A conversa, porém, começou por outro caminho: as consequências do tarifaço imposto por Donald Trump.
Lula se mostrou cético quanto a um recuo do presidente norte-americano no curto prazo, mas demonstrou otimismo em relação a um acordo escalonado, após as empresas dos EUA sentirem os impactos da medida.
Alckmin, responsável pelas negociações com os setores mais atingidos, afirmou que a prioridade é atender os produtores de alimentos perecíveis, como frutas, peixes e mel — sobretudo os pequenos.
O tema eleitoral voltou à mesa junto com o farto cardápio servido, que incluía peixe, camarão, carne e massa. Um dos presentes, frequentador habitual do Alvorada, notou que o almoço estava mais caprichado do que o habitual — um gesto de acolhimento aos aliados acostumados a encontros políticos regados a boa comida.
João Campos aproveitou para reforçar que a prioridade do PSB é manter Geraldo Alckmin como vice na chapa de reeleição em 2026. Disse ainda que o partido não trabalha com a hipótese de ele disputar o governo de São Paulo.
Lula respondeu com elogios ao seu vice e destacou a relação de lealdade e amizade entre os dois, antigos adversários. No entanto, evitou confirmar a reedição da chapa:
— Lamento que a gente não tenha se conhecido antes — afirmou.
Ao comentar o cenário presidencial, Lula avaliou que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) deve ser seu principal adversário em 2026.
Os irmãos João e Pedro Campos traçaram um panorama da esquerda no Nordeste e alertaram para o risco de divergências locais abrirem espaço para nomes da direita — como ocorreu em 2022, com a eleição do senador Rogério Marinho (PL) no Rio Grande do Norte.
Pernambuco foi tratado de forma superficial, para evitar mal-estar. Lula sabe que João Campos deseja o apoio exclusivo do presidente no estado, mas a governadora Raquel Lyra (PSD) tem se aproximado do governo federal.
Os representantes do PSB relataram que o acordo de federação com o Cidadania está fechado, o que deve fortalecer a sigla em São Paulo. Lula elogiou o deputado Arnaldo Jardim, principal quadro do antigo PPS no estado.
João Campos revelou que a meta do partido é eleger 35 deputados federais em 2026.
Quando o assunto foi Minas Gerais, Lula demonstrou confiança de que o senador Rodrigo Pacheco (PSD) será candidato ao governo estadual. Os convidados, no entanto, alertaram para a necessidade de se pensar em um plano B.
A hipótese de filiar Pacheco ao PSB não foi descartada, já que o PSD mineiro tende a se alinhar à base de Romeu Zema (Novo).
Um comentário
Esta reunião demonstra a força do PSB com nosso presidente nacional João Campos. Uma reunião para tratar da política nacional com nosso Vice presidente Geraldo Alckmim e nosso presidente do Brasil Lula (ser humano excepcional, por sua história de vida e os degraus de lutas em busca da defesa dos brasileiros e brasileiras excluídos dos seus direitos por um sistema concentrador das riquezas). Pedro Campos nosso Deputado Federal dePE que vem se destacando pela forma de se comunicar com com o povo e pelas políticas públicas tão esperadas pelos trabalhadores do campo como tambem da cultura. Jovem que transmite segurança em seus compromissos. Somos do PSB que avança no PE e no Brasil.