Foto: Fellipe Sampaio/STF
O tão esperado interrogatório do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ontem no STF, como era de se esperar, foi marcado pela negação de que teve participação no plano de golpe de Estado. Apesar do que foi apurado pela Polícia Federal, Procuradoria-Geral da República e da delação do seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Mesmo com seu alvo principal das críticas, o ministro Alexandre de Moraes, e o procurador Paulo Gonet fazendo questionamentos com base no que foi investigado, Bolsonaro se disse inocente. Mas, assim como os demais réus do “núcleo 1” também ouvidos, o ex-presidente estava sendo interrogado e nessa fase do processo todos podem falar o que quiserem, omitir informações, negar tudo e até mesmo ficar calados para que não criem provas com eles mesmos. Mais adiante, quando todas as provas estiverem juntadas aos depoimentos, é que o caldo tende a engrossar. Então, além de afirmar ser inocente, Jair aproveitou o cara a cara com Alexandre de Moraes para também debochar da situação. E soltou as pérolas. Disse que recebeu dos apoiadores R$ 18 milhões via Pix e arrecadou mais que o Criança Esperança, porque ninguém trabalha de graça. E deu uma boa gargalhada. Também chamou de malucos quem defendeu o AI-5 e uso das Forças Armadas e ainda propôs que Xandão fosse seu candidato a vice na eleição presidencial de 2026. Em alguns momentos também não pareceu aquele Bolsonaro afoito de cima dos trios elétricos, e chegou a pedir desculpas pelo que falou em algumas ocasiões. Agora, Alexandre de Moraes só aguarda o momento de dar a sentença.
Relator já aponta defeitos
Pelo que se viu ontem na CCLJ da Assembleia Legislativa, a oposição não tem muita disposição para aprovar o empréstimo de R$ 1,5 bilhão proposto pelo Governo do Estado. Relator do projeto, o deputado Waldemar Borges (PSB), nem leu totalmente as informações que recebeu e já aponta defeitos. E reafirma que não há urgência porque o Governo já está autorizado a captar mais de R$ 6 bi.
Aliados pedem votação
Os aliados do Governo reagiram, afirmando que a função da CCLJ é avaliar se o pedido de empréstimo é constitucional ou não. João Paulo (PT), Débora Almeida (PSDB) e Joãozinho Tenório (PRD) sugerem audiência pública com secretários e que a maioria decida no plenário.
A hora do acerto
Presidente estadual do MDB, Raul Henry aguarda o desfecho da federação com o Republicanos, no plano nacional, e um momento que o ministro Silvio Costa Filho tenha para tratar da situação local. O acordo livrará Henry do trabalho de montar chapas proporcionais em 2026.
Rigor contra estuprador
Estará nas mãos do presidente Lula (PT) a decisão de sancionar a lei que finda o atenuante da idade no caso de condenados por estupro. Atualmente, o Código Penal reduz as penas e o prazo de prescrição para quem tem menos de 21 anos ou mais de 70. O projeto aprovado no Congresso Nacional visa diminuir a impunidade.