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O ministro do Turismo, Celso Sabino, saiu da reunião com a Executiva Nacional do União Brasil, nesta quarta-feira (8), informando que houve um acordo entre as duas partes. Ele continua no cargo por mais dois meses, tempo que terá para apresentar sua defesa no processo de expulsão do partido que foi aberto. Os dirigentes ameaçavam expulsá-lo sumariamente, mas o caso poderia ser judicializado. No entanto, Celso perdeu o controle do diretório no Pará.
Com essa decisão, Sabino participará ativamente da COP 30, que acontecerá no mês de novembro em Belém, capital do Pará, onde tem base eleitoral. O ministro é pré-candidato a senador e tenta convencer o partido sobre a importância de ter um representante na Casa Alta, a partir de 2027. Com esses dois meses de prazo, Celso Sabino tentará colher frutos políticos.
A decisão de ordenar seu pedido de demissão partiu do comando nacional do União Brasil, que decidiu, após anunciar o rompimento com o Governo Lula. Na semana passada, Celso Sabino chegou a entregar a carta de demissão ao presidente, contudo atendeu ao pedido para acompanhá-lo a Belém, na quinta e sexta-feira, numa agenda pré-COP30.
Pré-candidato à Presidência da República e governador de Goiás, Ronaldo Caiado, é principal crítico à continuidade de Celso Sabino no Ministério do Turismo. Hoje ele deixou claro, ao sair da reunião. Disse ser uma “imoralidade ímpar”. “Como pode estar filiado a um partido e querer ser soldado do Lula e soldado do União Brasil?”, reagiu Ronaldo Caiado.