Foto: Divulgação
O Recife sediou, nesta sexta-feira (24), uma das etapas do Circuito dos Povos, que teve a participação da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara. No evento realizado na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), ela destacou a importância de aproximar as vozes dos territórios dos espaços de decisão internacional. O Circuito dos Povos faz parte dos preparativos para a COP 30 que reunirá representantes de vários países em Belém/PA para debater sobre as questões climáticas.
“Esse é um espaço importante e inovador para garantir que a sociedade civil, os povos indígenas, as comunidades tradicionais e os diversos segmentos sociais possam participar de forma ativa e qualificada da construção da COP 30. Um momento de diálogo e escuta, no qual recolhemos as principais demandas e contribuições dos territórios para levá-las diretamente à presidência da conferência. Nosso compromisso é assegurar que as vozes dos povos estejam no centro das decisões sobre o clima”, afirmou a ministra.
A vereadora e pré-candidata ao Senado Jô Cavalcanti (Psol) foi uma das organizadoras do Circuito dos Povos no Recife e ressaltou a necessidade de tratar as questões climáticas sob o ponto de vista de justiça social.
“Os impactos da crise são diferentes nas comunidades, nas periferias, para os povos da floresta, do campo, para os territórios tradicionais. Por isso, reforçamos que não existe justiça climática sem justiça social. Colocar as demandas das variadas comunidades no centro é fundamental para encontrarmos soluções”, explicou a parlamentar recifense.
Entre as pautas levantadas pelos participantes do Circuito dos Povos estiveram a defesa do que resta da Mata Atlântica no estado e da Caatinga, biomas em processo de degradação, e a necessidade de políticas públicas para mitigar os efeitos dos eventos climáticos extremos em contextos urbanos, com foco em comunidades periféricas e áreas de risco.