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O deputado João Paulo (PT) é colocado na lista de aliados da governadora Raquel Lyra (PSB) e sempre vota a favor dos projetos do Executivo. Porém, avisa de antemão ser contra a concessão parcial da Compesa à iniciativa privada e à privatização do Metrô. Seu posicionamento é contrário, inclusive, à intenção do Governo Lula, já que o Metrô pertence à Companhia Brasileira de Trens Urbanos e será repassado ao Governo de Pernambuco, que ficará responsável pelo leilão. E o estudo sobre a caso da Compesa é feito pelo BNDES.
Ele citou essas duas questões ao responder sobre o posicionamento do PT nas eleições de 2026. E também se referiu ao empréstimo de R$ 1,5 bilhão aprovado na Assembleia Legislativa, após a oposição travar a tramitação por seis meses. Hoje, inclusive, João Paulo participou do ato no Palácio do Campo das Princesas, no qual Raquel Lyra sancionou o projeto.
”Não vamos dificultar e nem atrapalhar nenhum projeto. Agora, sou contra a privatização do Metrô. Não posso admitir o processo de concessão de parte dos serviços da Compesa”, disse João Paulo em entrevista à Rádio Folha. O deputado também criticou a intenção da Prefeitura do Recife de privatizar os parques da cidade. “É minha posição política”, acrescentou.
Apesar das discordâncias com Raquel Lyra nos casos de privatização, o petista não descarta estarem no mesmo palanque, nas eleições do próxima ano. Até porque as direções nacional e estadual ainda não definiram as alianças majoritárias em Pernambuco.
“Não vejo reação de Raquel e de nenhum secretário ao presidente Lula. Se estivermos em palanques diferentes, faz parte da política. Mas não vamos fechar porta”, disse João Paulo.
O deputado considera que “houve uma antecipação grande do prefeito” João Campos com a sua pré-candidatura ao Governo do Estado, faltando mais de um ano para as eleições. “Nosso papel é aguardar as definições”, assinalou. O deputado do PT disse que gostaria e deseja que Raquel Lyra declare apoio a Lula.
Ao falar sobre a reaproximação de Raquel e o presidente estadual do PL, Anderson Ferreira, João Paulo analisou que se deve às dificuldades enfrentadas no campo político e visando assegurar a governabilidade. “Não vejo relação de Raquel com a direita ou a extrema-direita. Poderá estar em outro palanque, mas tenho certeza que vai reconhecer que parte do sucesso dela se deve à contribuição do Governo Lula”, destacou o petista.