Foto: Nando Vidal/Getty Images/iStockphoto
Do UOL
A inflação perdeu força e fechou maio em 0,26%, ante o avanço de 0,43% registrado em abril, mostram dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) no mês passado foi puxada pelo aumento das contas de luz e dos medicamentos.
Como foi o IPCA
Inflação perde ritmo pelo terceiro mês seguido. A variação de preços em maio foi a menor para o mês desde 2023 (0,23%) e mantém a sequência de desaceleração iniciada em março, quando o IPCA passou de 1,31% para 0,56%. No ano passado, a taxa para maio foi de 0,46% e as expectativas do mercado financeiro indicavam que a variação atual seria de 0,37%.
Índice anual recua após três meses de alta. Com a variação de maio, o IPCA passa a acumular alta de 5,32% nos últimos 12 meses. O resultado corresponde à primeira desaceleração do índice para o período anual desde janeiro. Em maio do ano passado, a inflação acumulada era de 3,93%.
Inflação permanece acima do teto da meta. Mesmo com a perda de força em maio, o índice oficial de preços figura, pelo oitavo mês seguido, acima da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para a meta de 3% definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).
Furo da meta está previsto para este mês. Passou a valer em janeiro a determinação de que o BC (Banco Central) precisa dar explicações sempre que a inflação superar o teto por seis meses consecutivos. Para o cenário ser revertido, é necessário que o IPCA de junho apresente uma deflação de ao menos 0,57%, o que devolveria o índice acumulado em 12 meses para 4,5%.
Contas de luz
Tarifas de energia elétrica pesam no bolso. A alta de 3,62% da conta de luz residencial em maio representa uma aceleração após a queda de 0,08% dos preços em abril. O salto é motivado pela adoção da bandeira tarifária amarela, determinação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) que eleva o valor das tarifas em R$ 1,885 a cada 100 kWh (quilowatt-hora) consumidos.