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Iminente posse de Trump coloca o Brasil na expectativa com governo dos EUA

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Do Correio Braziliense

Com a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, nesta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Ministério das Relações Exteriores estão na expectativa do que o republicano vai tirar do papel em relação ao Brasil. O país será representado na cerimônia pela embaixadora em Washington, Maria Luiza Viotti.

As políticas econômicas já anunciadas por Trump apontam para a manutenção do dólar em patamar elevado, pressionando os preços brasileiros, e preocupam o setor produtivo pela possibilidade de alta taxação nas exportações para os Estados Unidos.

Na política externa, Trump sinaliza buscar um aumento da influência norte-americana na América Latina, retomando sanções contra Venezuela e Cuba, algo que causa desconforto na diplomacia brasileira.

Por sua vez, o governo brasileiro quer manter uma relação pragmática com Trump, apesar da distância ideológica entre ele e Lula.

Na economia, medidas protecionistas são as que mais preocupam. Trump ameaçou taxar fortemente as exportações brasileiras para os Estados Unidos e cobrar tributo “em 100%” dos países do Brics

— bloco presidido neste ano pelo Brasil — caso avancem na desdolarização de suas relações comerciais. Isso é ruim para os setores de commodities, como a agropecuária e a indústria do aço, já que os Estados Unidos estão entre os maiores mercados para exportações brasileiras.

A gerente de Research da Nomad, Paula Zogbi, aponta que as políticas protecionistas podem manter o dólar em um patamar elevado no médio prazo. Um custo maior para as importações pressiona a inflação e, como consequência, mantém os juros altos.

“Quanto mais tempo os juros permanecem elevados nos EUA, maior o apelo do dólar para os investidores globalmente, e mais pressão sobre o preço. No primeiro mandato de Trump, o dólar se fortaleceu cerca de 13%, em meio a tarifas sobre vários países, incluindo China e México”, explica. Ela destaca, porém, que é razoável esperar que parte das medidas anunciadas até o momento sejam abrandadas, uma vez que o eleitorado de Trump é sensível a aumentos de preço.

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