Foto: Ed Alves/CB/DA.Press
Do Correio Braziliense
Com o dólar em ritmo de queda há mais de duas semanas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avalia que o comportamento do câmbio deve influenciar na inflação dos alimentos, que acumula uma trajetória de valorização mais intensa nos últimos meses, de acordo com os principais índices do país.
“O dólar estava a R$ 6,10 e agora já está a R$ 5,80. Então isso já ajuda muito. Então trazendo com a ação do Banco Central, a ação do Ministério da Fazenda, essas variáveis macroeconômicas se acomodam em outro patamar e isso, certamente, vai favorecer”, disse o ministro, na manhã desta terça-feira (4/2), em conversa a jornalistas.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação do grupo alimentos e bebidas calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 14,08% — o maior aumento percentual no indicador desde 2021. Especialistas indicam que esse grupo deve manter a trajetória de alta no IPCA de janeiro, que será divulgado na próxima sexta-feira (7/2).
Outro dado, levantado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), mostra que 12 dos principais alimentos básicos vendidos em redes varejistas no país registraram uma valorização de 14,22% nos 12 meses do ano passado, em relação ao mesmo período de 2023.
Apesar disso, na visão de Haddad, além da queda do dólar, as expectativas de uma safra mais alta podem contribuir positivamente para a trajetória dos preços dos alimentos em 2025. “Eu estou muito confiante de que a safra deste ano, por todos os relatos que eu tenho tido do pessoal do agro, vai ser uma safra muito forte. Isso também vai ajudar”, concluiu.