Foto: José Cruz/Agência Brasil
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, declarou nesta terça-feira (2/9) que respeita a decisão do União Brasil e do PP para deixar o governo. Gleisi pontuou que “ninguém é obrigado a ficar”.
A ministra destacou, no entanto, que quem decidir permanecer no governo deve trabalhar pela aprovação das pautas governistas no Congresso Nacional. Desde o início do mandato, em 2023, partidos de centro que possuem ministérios não entregam o apoio cobrado pelo Executivo.
“Respeitamos a decisão da direção da Federação da UP (União Progressista). Ninguém é obrigado a ficar no governo. Também não estamos pedindo para ninguém sair”, escreveu Gleisi.
“Mas quem permanecer deve ter compromisso com o presidente Lula e com as pautas principais que este governo defende, como justiça tributária, a democracia e o estado de direito, nossa soberania. Precisam trabalhar conosco para aprovação das pautas do governo no Congresso Nacional”, acrescentou a ministra.
Nesta tarde, os presidentes do PP, senador Ciro Nogueira (PP-PI), e do União Brasil, Antonio Rueda, anunciaram o desembarque do governo e ordenaram que os ministros das legendas deixem os cargos em até 30 dias. São eles André Fufuca (Esportes), pelo PP, e Celso Sabino (Turismo), pelo União.
Mesmo sendo parte da cota de ministérios do União Brasil, que comanda três pastas, os ministros Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira (Comunicações) não devem ser afetados pela mudança, já que não são filiados a partidos políticos, e foram indicados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Gleisi lembrou ainda que partidos que integram o governo, além dos ministérios, também indicaram nomes para cargos de menor escalão da administração pública, em recado aos partidos de centro que cogitam o desembarque.
“Isso (a exigência de apoio ao governo) vale para quem tem mandato e para quem não tem mandato, inclusive para aqueles que indicam pessoas para posições no governo, seja na administração direta, indireta ou regionais”, conclui Gleisi.